Capítulo 24- O prazer é todo meu.

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Natalie...

Não gosto que mintam para mim, mas a Juliana mentiu. Eu iria ficar chateada? Iria. Mas não posso. Eu a entendo. Eu faria o mesmo, para ajudar meu irmão, se ele precisasse. E a Priscila me explicou que ela não queria ajudá-la, pois sabia que eu ficaria chateada. Sem falar que: a mentira foi literalmente, por uma boa causa. Quando entrei no apartamento, fiquei chamando a Juh, mas para a minha surpresa e alegria: era a Priscila. Ela planejou tudo, para poder conversar comigo a sós. Eu queria ir embora. Mas meu coração não deixou. Eu gosto da Priscila. Eu não queria alimentar isso, pois não acredito que pode dar certo. Mas já não consigo mais controlar. Será difícil, mas quero tentar. Quero conhecê-la, antes de qualquer coisa. A gente tomou café, conversou, brincou... confesso que fiquei surpresa, com esse jeito da Priscila. Pois parece que ela é uma pessoa diferente a casa situação e na presença de cada pessoa. E quero alguém que seja verdadeiro. A gente acabou se aproximando. Então eu fiz algo que queria fazer há um bom tempo: a beijei. A primeira mulher que eu beijei. Nunca imaginei, que beijaria uma mulher, muito menos que fosse minha patroa, e que o beijo me fizesse esquecer tudo que nos cerca negativamente. Eu não queria que acabasse, mas o fôlego falta, né? Então encerramos o beijo, e nos olhamos com um olhar diferente.

Natalie: - E agora? É para eu esquecer? - pergunta séria, a olhando.

Priscila: - Não. Jamais vou querer que esqueça esse beijo, Natalie. - a olha fixamente, e põe a mão em seu rosto. -  Apesar de eu ter sido casada por vários anos: eu nunca fui assim. Eu nunca senti ciúmes, quem dirá que eu precisasse me esforçar, para controlar. Mas o que sinto é receio. Receio de deixar minha felicidade passar. Então vamos nos conhecendo, até você decidir aceitar meu pedido de namoro.

Natalie: - Priscila... pedido de namoro? Espero que você saiba o que está fazendo.

Priscila: - Pode apostar que eu sei.

Natalie: - Se você diz. Mas agora, preciso ir buscar a Sofia.

Priscila: - O rapaz que levou meu carro veio deixar aqui. Irei com você, pegar a Sofia?

Natalie: - Como assim? - pergunta lembrando da mentira, toda desconfiada.

Priscila: - Você vai comigo no carro, pegar a Sofia. Não irá com o Aurélio.

Natalie: - Entendi. - fala desconfiada.

Priscila: - Por falar em Aurélio: ele está caidinho por você. - fala enciumada.

Natalie: - É sério, isso? Não exagera, vai.

Priscila: - Você descobriu, quem lhe deu as flores? Foi ele. Tenho certeza.

Natalie: - Não posso acreditar nisso.

Priscila: - Pois acredite. Vamos, pegar a Sofia. Já está quase saindo, ela.

Natalie: - Tá bom... - fala receosa, vai em direção à porta.

Priscila: - Ei? - a chama e toca em seu braço. - E o número do cara, cadê?

Natalie: - Vamos com calma, Tá?

Priscila: - Natalie... Você não vai falar com ele, né? - pergunta a olhando.

Natalie: - Não. Não irei. Agora vamos. Se não: eu irei escutar. Ela já não quer  falar comigo... - fala desanimada.

Priscila: - Ela está fazendo isso, porque gosta de você. Mas você quer apostar, que ela mudará da água pro vinho, quando nos vi juntas?

Natalie: - Apostar? Por que acha isso?

Priscila: - Um encontro como este, se você perder. Combinado? - fala a olhando.

A JUÍZA E A BABÁ Onde histórias criam vida. Descubra agora