Natalie...
Eu nunca me senti tão nervosa, quanto me senti ontem, no momento de conversar com a Sofia e o Felipe. Eu não fazia ideia, de como iriam reagir. Mas confesso que a reação deles, foi a melhor possível. Como duas crianças podem ter uma maturidade como essas? Só sei que estou feliz, porque agora, eles sabem de tudo. Pediram para conversarem com a Juh. Fiquei um pouco receosa, por não saber o que iriam falar. Mas a Priscila permitiu, depois de decidirmos isso, com um olhar. Parece que ocorreu tudo bem. Logo, voltaram até a gente, com um sorriso enorme. A Sofia e o Felipe se dão muito bem, apesar da Sofia ter muito ciúmes do Felipe. A gente almoçou e foi tranquilo. Apesar da Juliana não falar muito. Ela também não parecia a mesma. Senti como se tudo isso, estivesse a incomodando. Eu só gostaria que ela fosse verdadeira comigo. Não apenas comigo. A Priscila também percebeu e está triste com isso. Mas se ela precisa de um tempo, okay. Só espero que ela perceba o quanto antes, o quanto ela está desperdiçando tempo. Falta um mês, para o nosso casamento. Sinceramente, estou temendo que o clima, não seja dos melhores. O dia passou voando. Logo, meu expediete acabou e fui embora, com o Felipe. Percebi que a Juh foi ao banheiro, para evitar se despedir de mim. Mas tudo bem. Não quero que ela faça nada, que ela não queira. Me despedi das outras pessoas e fui para casa. Cheguei e a mamãe estava na sala, com o papai, conversando.
Felipe: - Oi, mamãe. - A abraça. - Oi, papai. - Fala e também o abraça.
Débora: - Oi, meu amor. - Fala sem esperar aquele abraço.
Leandro: - Oi, meu filho. - fala o abraçando também. - Oi, filha. Como você está? - Olha para a Natalie.
Natalie: - Estou bem. Não se preocupem. - Fala olhando para seu pai e em seguida, para sua mãe.
Débora: - Você... você falou para as crianças? - pergunta, para ter certeza.
Natalie: - Sim, mamãe. Ele já sabe de tudo.
Débora: - Deculpa, meu filho! - Fala o olhando.
Felipe: - Está tudo bem. Eu entendi tudo que a minha irmã falou. E entendi, que se não tivesse acontecido tudo isso: a história seria diferente.
Débora: - É. Isso mesmo. Que orgulho de você. - Fala emocionada. - Você é um anjinho em nossas vidas.
Felipe: - Não chora, tá? Vocês são os melhores pais do mundo. Isso não irá mudar. A minha irmã falou, que a Juliana precisa de um tempo, para encontrar uma maneira de lidar com tudo. Sei que são várias informações, principalmente, depois de anos. Mas ao meu ver, ela está perdendo tempo. E está tudo bem, porque somos uma família e vamos continuar sendo. Então não fiquem tristes, se ela deixar de vir aqui, ou não falar muito com a gente, tá? - Fala e enxuga algumas lágrimas que insistiam em cair, pela face de sua mãe.
Débora: - Muito obrigada, pela força, meu pequeno grande homem! Vem cá, me dá um abraço. - o abraça.
Natalie: - Também quero abraço. - Fala emocionada.
Leandro: - Eu também quero.
Felipe: - Vem, mana. Vem, papai. Abraço coletivo.
A Natalie olha para o pai e os dois abraçam a Débora e o Felipe, que estavam abraçados.
Natalie: - Você é muito especial, meu príncipe! Mamãe, papai... eu amo vocês! Me desculpem, se os deixei tristes. Ouvindo o meu irmão, percebi que errei e, também julguei. Mesmo que não tenha sido um julgamento como o da maioria das pessoas. Mas eu julguei.
Débora: - Está tudo bem. Eu só preciso disso. Só preciso do apoio e abraço de vocês. Eu e o pai de vocês, os amamos muito.
Passaram um momento de declarações e pedido de desculpas. Mas o Felipe, mostrou que é um menino forte, de mente aberta e muito maduro.
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A JUÍZA E A BABÁ
FanfictionEm São Paulo, numa mansão, Vive a renomada juíza, Priscila Pugliese. Uma mulher de 30 anos, viúva há um ano, intersexual, mãe da pequena Sofia. Irmã da Juliana Venceslau Pugliese. Seus pais se afastaram, devido mudanças de comportamento da filha. mu...