Capítulo 31- Eu não tinha visto

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Priscila...

Como sabem, eu fui casada por muitos  anos. Casei muito nova, pois me apaixonei por uma linda mulher. Ela era linda sim. Isso eu não posso negar.  Mas depois que tivemos uma filha, fui percebendo um outro lado, dela. Um lado que me fez pensar, que ela queria uma filha, por interesse. Até hoje, me pergunto se meu pensamento está certo. Mas não terei mais essa resposta. O fato é que, depois de um ano viúva, eu me apaixonei. É. Me apaixonei e não me canso e nem me envergonho em falar isso. Ela é encantadora. É linda por dentro e por fora. Já conquistou a minha filha e toda família, na verdade. Está me permitindo ser eu mesma. Há um ano atrás, sofremos um acidente. Quase morri e perdi a minha filha. Mas a minha esposa faleceu, naquele dia. Eu e minha filha fomos salvas por um senhor, que devido o meu desespero, não o agradeci direito. Na verdade, não me recordo de ter agradecido. Sempre tive o pensamento que um dia, eu o encontraria. E acho que eu estava certa, quanto a isso. Vim pegar as amigas da Natalie, no bairro que ela mora e quando ia fazer a dobra, vi uma pessoa que parece muito, com o senhor Que me salvou. Eu lembro que ele vinha um pouco atrás da gente, em certo momento ficamos com o carro lado a lado e eu vi que ele estava com uma mulher, só não me recordo dela, não prestei muito a atenção. Mas a Natalie acaba de me falar, que esse senhor, é o pai dela. Então devo ter me enganado. Não pode ser. O pai da Natalie, teria salvado nossas vidas, a minha e a da minha filha? Mas não tenho certeza, então acho melhor não falar nada.

Natalie: - Sim, Priscila, aquele senhor naquele carro é o meu pai. De onde você o conhece? - Pergunta curiosa.

Priscila: - Ah não... desculpa! Acho que me enganei. Eu não sabia, que seu pai tem carro. - fala dando partida.

Natalie: - Entendi. - fala achando estranho. - Não. Meu pai não tem carro. Sempre que ele precisa, ela aluga. Geralmente ele aluga para ir comprar materiais. Às vezes é por aqui mesmo e às vezes é em cidades vizinhas.

Priscila: - Entendi. - Fala pensativa.

As meninas apenas ouviam a conversa em silêncio, enquanto a Sofia estava usando fones de ouvido, no tablet dela. Depois de 30 minutos, elas chegam. Quando entram, a Juliana, e seus pais estavam na sala, conversando.

Luíza: - Oi, filha. Tudo bem? - a olha. E essas meninas, quem são?

Priscila: - Estou bem, mamãe. Oi, papai.

Carlos: - Oi, filha. Que bom, ver você assim: bem.

Priscila: - Obrigada! Essas são Camila e Paola. Serão minhas assistentes. - aponta para cada uma, em sequência. - essa é minha mãe, dona Luíza, esse é meu pai, Carlos e essa é minha irmã, Juliana.

Juliana: - Satisfação, meninas. - Se aproxima e beija o rosto da Camila e da Paola, em sequência.

A Paola achou a Juliana muito bonita. Desde que entraram na sala, que ela não parava de olhá-la.

Priscila: - Bom... Eu preciso resolver algumas coisas com as meninas. Mas acho que podemos almoçar, primeiro. Meninas... - as olham. - Eu já volto. A gente almoça e depois conversamos sobre trabalho, tudo bem, por vocês?

Camila: - Tudo ótimo, porque eu estava tão ansiosa, que nem almocei em casa. - fala espontânea.

Paola: - Camila... - a repreende.

Priscila: - Está tudo bem, Paola. Não se preocupe. - Sorrir. - Eu vou tomar um banho. É o tempo que a minha filha também vai tomar. Se vocês quiserem ir conhecer o quarto da Sofia, fiquem à vontade. Mas se preferirem esperar na sala: Tudo bem. Já já voltamos.

A JUÍZA E A BABÁ Onde histórias criam vida. Descubra agora