Capítulo 19- Vamos almoçar, amanhã?

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Dona Débora: - Oi, menina. Como você está? - fala ao abrir a porta e ver a Juliana. - Entra, por favor.

Juliana: - Obrigada! - fala entrando. - eu estou bem, graças a Deus.

Débora: - Você quem veio buscar a Natalie e o Felipe? Você também vai viajar?

Juliana: - Eu precisava conversar com a Natalie. Mas não irei viajar não.

Débora: - Entendi. Eles foram só escovar os dentes, as bolsas deles estão aí. - mostra-as em cima do sofá. - Eu gostaria de convidá-la para fazer uma visita em meu espacinho de costura.

Juliana: - A senhora costura? E por que a senhora não trabalha com sua irmã? - pergunta curiosa.

Débora: - É que a minha irmã foi criada com uma outra família. A gente não convivia muito, só quando ela veio embora para São Paulo. Eu morei muito tempo na rua, minha filha, para  conseguir ter um teto. E depois que tive meu teto, comecei a sustentar a minha família do dinheiro da costura. A minha irmã desenha roupas... Ela é mais experiente.

Juliana: - Entendi. A senhora é uma guerreira. As duas são. Eu irei visitar sim, viu? Pode ser amanhã?

Débora: - Amanhã? Pode sim, com certeza. - fala a olhando fixamente.

Juliana: - Combinado. Vou pedir para a Natalie lhe dar o meu número. A senhora me fala um oi, aí aviso quando eu tiver indo.

Débora: - Tá bom, minha filha. - fala a olhando com carinho.

Neste momento, a Natalie e o Felipe chegam na sala. A Juliana fica encantada, olhando para Natalie. Até voltar a si.

Natalie: - Juliana? O que você está fazendo aqui? - pergunta surpresa e fria. - E o Aurélio?

Débora: - Filha... - a repreende. - É sua amiga.

Natalie: - Se eu fosse a senhora, não afirmaria isso com toda certeza.

Juliana: - Está tudo bem, dona Débora. Ela tem motivos, para estar assim. Eu vim pegar vocês, Natalie. O Aurélio não gostou nenhum pouco. Mas eu precisava muito, vir.

A Natalie apenas a encara.

Natalie: - Tchau, mamãe! - Beija sua testa. Se cuida, tá? A senhora e o papai. Já já voltamos. Te amo! - se despede.

Débora: - Tchau, minha filha. Se cuida.  Fique de olho no seu irmão. - A abraça apertado. A mamãe ama vocês.

Felipe: - Tchau, mamãe! - A abraça. - Dê um abraço no papai por mim.

Débora: - Pode deixar, filho. - o abraça. - Tchau, dona Juliana. Nos vemos no meu cantinho, então, né?

Juliana: - Não, não... tira esse " Dona" , pelo amor de Deus. Não sou patroa da sua filha e muito menos da senhora. Sou amiga. - A olha e olha para a Natalie. - Mesmo que alguém não queira mais minha amizade. Vamos? Tchau, dona Débora.

Débora: - Tchau, minha filha.

Elas vão para o carro, juntas com o Felipe. Assim que chegam no carro, a Juliana põe suas bolsas no mesmo, a Natalie entra, a Juliana e...

Felipe: - Espera!! Eu esqueci uma coisa. - Fala antes de entrar. - Deixa eu pegar, por favor! - pede a irmã.

Natalie: - iremos nos atrasar, maninho.

Juliana: - Não vão não. Pode ir, pequeno. - fala piscando para ele.

Felipe: - Obrigada! - sorrir e corre para pegar o que esqueceu.

A JUÍZA E A BABÁ Onde histórias criam vida. Descubra agora