167 ep

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Peggau narrando

A cara do Rafael era das melhores , o sorriso enorme em ver a filha era esplêndido , ela foi correndo me deixando para trás com as malas.
Meio sem jeito vou caminhando até os dois e penso em uma maneira de como cumprimentar o pai dela.

Após ela soltar de seu pai ele vem me cumprimentar , sinto meu rosto queimar.
Rafael: como você mudou -- apoia uma mão em meu ombro. Sem resposta eu apenas sorrio.
Sn: a mãe não veio?
Rafael: ela ficou em casa fazendo o almoço , sua comida preferida.
Sn: strogonoff é a melhor coisa do mundo (se a sua não for strogonoff imagine outra) -- pega a sua mala da minha mão e vamos caminhando até o carro.

Colocamos as bagagens no porta mala e montamos no carro , sn foi na frente e apenas eu atrás. Em nenhum minuto ela parou de falar com seu pai , eram tantas novidades , tantas coisas que ela poderia passar dias contando.

A sua casa era perto do aeroporto onde descemos e assim em menos de meia hora chegamos. O seu pai desceu e nos deixou na garagem para retirar as coisas do carro.
Sn: para de ficar nervoso porque você os conhece muito bem , não tem o porquê de estar assim. -- creio que ela percebeu pelo tremer de minhas mãos.
Peggau: mas não é a mesma coisa , aquele tempo eu era pequeno e chato.
Sn: e hoje você é adulto e chato -- completa minha frase.

Entramos pela porta da sala e já sentimos o cheiro gostoso de comida feita na hora , vejo Bruno e Breno abraçarem sn bem forte , praticamente a esmagando. Cumprimento os dois e vamos para a cozinha , sem esperar sn passar já abraço sua mãe , ela não apenas chora como diz que estava morrendo de saudades dos meus abraços.

Suellen: como foi a viagem minha filha? -- lavamos as mãos e sentamos na mesa para almoçar.
Sn: foi péssima , sempre passo mal em aviões.
Peggau: porém mais da metade do caminho ela dormiu
Suellen: eu sempre te digo para não comer coisas pesadas antes de viajar , mas nunca me escuta. -- nos serve.

A comida da Suellen é uma das melhores que eu comi até hoje , minha mãe e ela passavam o dia todo experimentando novos pratos , eu amava porque era o "cobaia".
Breno me ajuda a levar as malas para o quarto de hóspedes , passo pelo quarto da sn e lembro que ali antes era o meu , vejo perfeitamente onde minha cama ficava e os vários brinquedos espalhados no chão.
Troco de roupa colocando uma camiseta simples e um shorts básico, deito na cama para ver se era macia e acabo dormindo.
Sn narrando
Minha mãe e eu temos muitos assuntos para colocar em dia , falo sobre todas as coisas que aconteceram lá , todas as festas e até de Bia , mas não conto o principal motivo. Sentamos no sofá da sala para mostrar as fotos da minha formatura , eu não havia visto impressa apenas pelo celular.
Suellen: breno onde está o João Vitor?
Breno: eu ajudei a levar as malas para o quarto, ou deve estar dormindo ou arrumando as roupas.
Sn: com certeza está dormindo , passa quase o dia todo dormindo.
Suellen: a convivência de vocês é boa? -- entrego o álbum para o breno guardar , ficando apenas eu e ela na sala.
Sn: sim , no começo foi muito complicado mas ai fomos aprendendo a conviver.
Suellen: esse era o meu sonho, amo muito vocês e ele é como um filho para mim -- engulo seco ouvindo dizer isso , seria uma péssima ideia ela saber mais a fundo sobre nossa convivência.
Sn: sim...porém não vejo ele como um irmão , nem nunca pensarei nisso.
Suellen: poxa filha , vocês são tão parecidos, cabeça dura do mesmo jeito. -- ela coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Sn: mãe entenda que nos damos muito bem , isso é ótimo porém "irmãos" não.
Suellen: eu sei , mas pelo lado bom vocês se dão bem.
Cont

Minha meia irmã Onde histórias criam vida. Descubra agora