Caminhos Cruzados

Capítulo 87 - Vida que segue...

KIRAZ
Demoramos para conhecer o sexo da nossa bebê! Minha sogra quase morreu de felicidade e comprou pelo menos metade dos vestidos, laços e fitas da cidade (risos). Nós nos divertíamos muito com a euforia dela! A outra metade ficou por conta da minha mãe, Yildiz, Zeynep e, até de Yalin e Deniz. A criança nem tinha nascido e já tínhamos indícios do quanto seria mimada. Ainda me lembro das conversas com Yalin e acontecimentos marcantes, dias antes do nascimento da nossa garota.

#Lembranças on#
Y: Amor não falta nada? Estamos muito próximos ao nascimento e vejo que você não tem comprado nada! - Questionou.
K: Você acha que precisa? Eu nem sei se conseguiremos usar tudo o que temos! Criança cresce rápido. - Comentei.
Y: Você acha que exageramos. É isso?! - Perguntou.
K: Eu não acho, tenho certeza! - Afirmei e ele suspirou. - Não é por nada, mas em dois meses iremos para Nova York e nem sei como levar tanta coisa! - Ele riu.
Y: Agradeça que ela terá de tudo e mais um pouco... - Argumentou.
K: Sim eu agradeço e, até compreendo a euforia de todos. Primeira neta e sobrinha, mas... Eu não queria que ela fosse uma criança, que não sabe dar valor às coisas! Sabe?!
Y: Nós vamos ensiná-la. Eu e Deniz sempre tivemos de tudo e isso não interferiu nos nossos valores e nem no nosso caráter.
K: Você tem razão! Talvez seja mal humor de final de gravidez! - Complementei e ele me abraçou, beijando o topo da minha cabeça.

Y: Eu já te falei que você é a grávida mais linda, que eu conheci. - Eu torci o nariz.
K: Me engana que eu gosto! - Ele me abraçou.
Eu não sei as outras grávidas, mas eu tinha vontade de agarrar ele o tempo todo. Posso dizer que eu dava uma canseira nele (risos). Fazíamos amor mais de uma vez, todos os dias. O interessante era, que apesar da minha barriga enorme e de toda alteração do meu corpo, era notável o tesão dele por mim.

Y: Qual o nome daremos a ela?! Você tem algo em mente?! - Indagou certo dia, após uma rodada de sexo pela manhã.
K: Que tal Yasemin (Jasmim)? É um nome de princesa da Disney?! - Argumentei e ele riu.
Y: Eu gosto também de Ayça (Luar). - Eu sorri.
K: Até o nascimento decidiremos. Caso contrário, escolheremos o que mais combina com ela, assim que a virmos. O que acha?! - Sugeri.
Y: Perfeito. - Concordou.

Nossa bebê nasceu bem, de parto normal e Yalin estava comigo na sala de parto. Foi um dia cheio de emoção e cumplicidade. Ele segurou minha mão, incentivou a fazer a respiração correta e procurou me manter calma. Quando escutamos o primeiro choro, nos olhamos, com os olhos marejados e, assim que a limparam, a colocaram sobre o meu ventre... Yalin acariciou nós duas muito emocionado.
Y: Minhas meninas... Parece que meu peito vai explodir de tanto amor! - Falou com a voz embargada e eu sorri, sem conseguir emitir uma palavra.

No hospital o quarto mais movimentado era o nosso. Muitas pessoas nos visitaram e nossas famílias praticamente fizeram plantão...
A volta para casa não foi diferente, ainda mais com Deniz e Zeynep, praticamente morando juntos e no mesmo prédio.
Yalin várias vezes pediu gentilmente, que nos deixassem descansar, porque a rotina de um bebê não é fácil, especialmente no início.
S: Você tem razão meu filho, mas eu tenho que curtir minha neta ao máximo, antes de vocês irem para Nova York. - Segundo ele, com uma cara de cachorro que caiu da mudança... 😅😅😅

Nem preciso dizer, que dois meses passaram voando, inclusive porque ela nasceu em dezembro, época de natal e ano novo. Deniz e Zeynep se ofereceram para organizar a passagem de ano em seu apartamento, para que o nosso ficasse tranquilo e não precisássemos sair nas ruas com a bebê e pudéssemos ir para casa a qualquer momento. Foi perfeito!
Inicialmente, ficamos apreensivos com os fogos na passagem do ano, mas tudo correu bem, felizmente.
Permanecemos em Istambul até o final de janeiro e partimos para nossa outra residência. Eu havia me comprometido com as disciplinas na Universidade de Nova York e as aulas iniciariam em fevereiro. Eu e Yalin havíamos nos organizado para cuidarmos pessoalmente da nossa filha. Então, ele permaneceria em casa com ela, enquanto eu estivesse na Universidade.