YALIN
Kiraz é uma menina mulher muito linda! Eu mal consigo tirar os olhos dela... Fiquei muito feliz por ela e Zeynep terem aceitado passar o dia conosco na nossa casa de campo.
Assim que chegamos, sugeri que fôssemos até o lago, eu queria andar por lá, ver tudo... Senti muita falta desse lugar. Mas, Deniz e Zeynep não quiseram nos acompanhar e eu adorei a possibilidade de ficar a sós, com minha menina.
Sentamos no píer, com os pés na água, conversando descontraidamente e logo fomos tomados pela paixão. Eu a trouxe para o meu colo, completamente entorpecido pelo seus beijos, cheiro, gosto... Eu acariciava seu corpo e ela correspondia, acariciando o meu, ainda que timidamente.
Assim que ouvimos a aproximação de Deniz e Zeynep, ela tentou sair do meu colo, mas eu estava visivelmente excitado e acabei pulando na água com ela em meus braços... nada que um banho de água fria, não pudesse resolver.
Deniz e Zeynep se afastaram e voltamos ao nosso idílio. As coisas foram se intensificando novamente, e eu já estava ficando completamente louco por ela, quando ela disse que estávamos indo rápido demais...
Inicialmente, eu não entendi porque não permitir o fluxo natural das coisas, mas nada me preparou, para o que ela me revelou a seguir... Ela era virgem, apesar de tantos anos de noivado, porque o ex noivo era gay, a traiu com outro homem e ela viu. Sua auto estima e auto confiança me pareceram bastante abaladas...
Eu a entendo, porque a traição de Leyla me quebrou, mexeu muito com minha masculinidade, ser trocado por outro... Isso porque eu nunca os vi juntos. Fico imaginando, o que foi ver a pessoa, que ela amava na cama, com outro homem... Ele a traiu em todos os sentidos, porque fingia ser alguém, que jamais poderia ser... Ela viveu uma ilusão de casamento, de amor, desde muito nova, nunca teve outro alguém, além dele, até então. Eu me pergunto, como seria esse casamento, se ela não os tivesse surpreendido? Ele a rejeitaria e a trairia, constantemente... isso acabaria com ela. Talvez se culparia, por não ter nem parâmetros de comparação. Como as pessoas podem ser tão egoístas e centradas em seu próprio benefício? Ele a usou como escudo, frente a sociedade, a despeito de sua concordância, sem considerar o comprometimento de sua felicidade e realização como mulher. Porque ela seria uma mulher infeliz, emocional e sexualmente.
Voltamos para a casa de mãos dadas, com ela visivelmente abatida. Ela estava tão distante, que nem se deu conta, do quanto estava sexy, com a roupa molhada, colada em seu corpo, com a blusa completamente transparente, revelando os bicos de seus seios túrgidos, provavelmente pelo frio. Assim que chegamos na área da piscina, eu a cobri com uma toalha, antes que mais alguém a visse tão exposta.
Ela foi para o quarto colocar um biquíni e eu mergulhei na piscina, para baixar a libido, relaxar e pensar... Ela voltou com um vestidinho curto e eu a convidei, para entrar na piscina. Ela disse que queria tomar sol, colocou uma toalha na beira da piscina, tirou o vestido e deitou de bruços. Ela estava com um biquíni vermelho, revelando seu corpo perfeito e deixando sua bunda redondinha para cima, para minha provação...
Após o almoço, nos deitamos nas espreguiçadeiras e, logo ela adormeceu, enquanto eu velava seu sono... Eu não conseguia definir o que eu estava sentindo, além de todo o desejo, eu gostava de estar ali, olhando para ela, vendo-a dormir tão frágil e vulnerável... Eu tinha vontade de protegê-la, tê-la em meus braços...
Quando ela acordou, decidiu tomar sol nas costas e, quando ela foi passar o protetor, eu o tirei de suas mãos, me oferecendo, para passar. Foi muito prazeiroso deslizar as mãos pela sua pele e sentir suas reações, enquanto eu espalhava o creme, por suas costas, pernas e bumbum... Ela ficou toda arrepiada, mas não disse nada e eu me deliciei com a situação.
No final da tarde, entramos todos na piscina e só saímos quando começou a chover forte, com trovões e relâmpagos.
Nos aprontamos para voltar, tomamos banho e ficamos aguardando a chuva passar, mas só piorava. Vimos na internet, que a situação estava caótica e decidimos passar a noite ali, pois seria um risco voltarmos com essa chuva, que havia alagado à região, impedindo o tráfego de veículos.
Tomamos vinho, comemos uns queijos e cada casal foi para o seu canto. Deniz e Zeynep ficaram na sala de TV, jogando vídeo game, enquanto eu e Kiraz, nos sentamos numas almofadas frente à lareira, com nossas taças de vinho. Conversamos bastante, sobre assuntos gerais, livros, família... Quando o assunto se esgotou, ficamos em silêncio por alguns segundos, nos olhando e eu a beijei. Eu a trouxe para junto de mim, com a cabeça em meu peito, acariciando seus cabelos, até perceber que ela tinha adormecido... Eu a peguei em meus braços e a levei para meu quarto, onde dormimos agarradinhos.
Fazia tempo que eu não dormia com uma mulher, eu nunca trago ninguém para minha casa, muito menos para minha cama. Em geral, quando eu saio com uma mulher, vamos para um hotel, ou para a casa dela, transamos e volto para minha casa sozinho... Depois de Leyla, eu não queria compromisso, nem envolvimento com ninguém. Então, era apenas sexo consensual, algo meramente físico, pelo prazer... Foi assim, nos últimos 10 anos. Nenhuma mulher entrou na minha mente, ou no meu coração. Eu me tornei um solteiro convicto, que poderia ter a mulher que eu quisesse e quando eu quisesse, sem explicações, complicações, ou desdobramentos...
Mas Kiraz, me fazia querer estar com ela e, isso era perigoso, porque eu voltaria para Nova York em breve, não devendo estabelecer um relacionamento com ela. Eu a desejava, mas não poderia simplesmente seduzi-la, satisfazer meus desejos e partir. Ela não merecia mais uma decepção, eu acabaria com sua auto estima. Ao mesmo tempo eu a queria muito, mas como resolver esse dilema?
Um dia de cada vez Yalin... deixa a coisa acontecer, não tente tomar as rédeas e guiar a situação, deixe que a vida se apresente, que os caminhos se iluminem, mostrando para onde você deve ir... para de querer controlar tudo! Se permita! Se entregue...
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Caminhos Cruzados
RomansaSerá que após uma grande decepção, atrelada à imposições sociais, o amor pode prevalecer? Quais os desígnios para cada um? A vida pode nos mostrar novos caminhos, com outras encruzilhadas? Nós devemos correr atrás? Ou será que nossos caminhos já est...