Wake up

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Se passaram cerca de vinte minutos e nada deles acordarem. Minha ansiedade só aumenta a cada segundo, acompanhada de um pânico que eu nunca senti antes. Quer dizer... Eu já senti outra vez sim, no dia em que Clarice morreu naquela fatalidade.

Eleven também ficou parecendo estar em transe quando colocou a venda, como se sua consciência não estivesse ali de fato, e eu sei bem onde estava. Espero que ela não saia traumatizada da mente de Louis, ou melhor, só espero que ela saia, o mais rápido possível.

— Arg!— Grunhi angustiada indo olhar através da janela, quem sabe tivesse algum sinal ou dica do que estava acontecendo.— Por que tá demorando tanto?— Questionei pensando alto enquanto usava a lanterna de Eleven para indicar minha presença, porém escutei barulhos de passos vindo da parte inferior da casa.

— Ah, merda...— Reclamei me virando após o chão ranger, logo vendo Jason entrando no porão com uma arma na mão.— Jason, você não pode entrar aqui agora.— Afirmei o expulsando, contudo não recebi atenção. Ele ficou vidrado em Louis e Eleven, demonstrando estar assustado com o estado deles, especialmente em relação a Louis.

— O que você fez?— Indagou ainda encarando os olhos do mesmo com espanto.

— Jason.— Chamei seu nome novamente.— Você tem que sair daqui.— Mandei enfatizando cada palavra, o que não foi suficiente, o garoto apenas se ajoelhou para ficar na altura de Louis.

— Foi isso que vocês fizeram com a Chrissy?— Acusou focado em tirar suas próprias conclusões.

— Só me escuta.— Pedi quase implorando.— Você tem que sair daqui.— Repeti mesmo sabendo que não seria ouvida, infelizmente era a única alternativa que eu via no momento.

— Cara, tá me ouvindo?— Me ignorou tentando se comunicar com Louis, balançando sua mão na frente do rosto dele.

— Não encosta nele.— Pedi me aproximando.— Sério, eu não tô brincando!— Exclamei em tom de ameaça chegando perto dos dois.

— PRA TRÁS, SE AFASTA!— Gritou se levantando ao apontar a arma na minha direção, me obrigando a sair de perto mantendo distância.

— Você não tá entendendo.— Constatei com os braços erguidos.— Não precisa fazer isso.— Comuniquei fitando a arma apontada pra mim.

— Eu acho bom mesmo.— Disse com um olhar sádico.— Tem mais alguém na casa?— Perguntou analisando os arredores ágil visualmente.

— Não.— Neguei falando a verdade.

— Vira de costas.— Ordenou severo, entretanto não reagi.— Vira de costas!— Exclamou impaciente insistindo na ordem. Finalmente me virei não tendo outra escolha.— Solta essa lanterna.— Decretou e eu acatei.— E esvazia os bolsos.— Acrescentou mais uma ordem que foi atendida, logo joguei as duas fitas de música no chão.— A gente vai fazer assim, eu vou voltar ali pro topo da escada e vou ficar olhando você acordar ele desse transe esquisito.— Explicou decidido.— Ah, e a garota também.— Adicionou apontando pra Eleven com a cabeça.

— Não dá...— Contrariei refletindo no que fazer.— Se eu acordar eles antes colocaremos tudo a perder, todo mundo vai ficar em perigo.— Expliquei sensata. Ver aquilo estava sendo uma tortura, mas desistir agora deixará o Vecna vivo, propício a matar outras pessoa depois, a nos matar.

Não.— Negou de imediato.— Se você não acordar eles agora, você vai ficar em perigo, S/n.— Ameaçou calibrando a arma ainda apontada na minha direção.— Só você.— Esclareceu convicto.— Pare esse satã.— Exigiu expressando fúria.

— O nome dele é Vecna.— Corrigi informativa.— Ele é de outra dimensão, por isso você não tá vendo.— Relatei o situando.

— E o Eddie Munson e os seguidores do Hellfire?— Questionou buscando extrair mais informações.— Vocês que invocaram esse Vecna?— Presumiu achando estar certeiro na suposição.

𝐒𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 𝐛𝐫𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫- 𝘓𝘰𝘶𝘪𝘴 𝘗𝘢𝘳𝘵𝘳𝘪𝘥𝘨𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora