CINCO

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ÂNGELO

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ÂNGELO

  Novamente estávamos indo jantar na casa dos Laurent e sinceramente, eu não aguentava mais pisar naquela casa sabendo que minha noiva não estaria lá.

Fazia quase uma semana que Virgínia havia ido em uma missão e desde então eu não a vi, tendo que aguentar a irmã mais nova e irritante dela me olhar sem interrupções durante três jantares que pareciam não ter fim. Aquilo era um nível de tortura que nenhum homem seria capaz de aguentar por muito tempo e eu estava no meu limite.

Minha mãe também não escondia o desgosto, enquanto os Laurent fingiam não estar notando o quanto estávamos incomodados com aquilo e principalmente, o quanto eu não queria me casar Flora.

A garota era insistente e jogava duro, sempre se exibindo em roupas apertadas e decotadas, mas eu estava imune aos seus encantos juvenis. Ela parecia uma criança que tinha pego as roupas da mãe escondido. Era terrível de se ver.

Eu queria que ela aprendesse seu lugar, e que respeitasse sua irmã mais velha, minha verdadeira noiva.

 O som das portas da frente se abrindo brutalmente fez com que os pais de Virgínia corressem para a sala, Flora foi logo atrás e e eu olhei para a minha mãe que se levantou lentamente com a taça de vinho na mão, nenhum pouco preocupada, mas sua expressão mudou quando chegamos a sala.

 Virgínia, estava sendo ajudada por um homem mais velho a caminhar até as escadas, mas o que deixou nossa mãe perplexa talvez tenha sido seu rosto cortado e roxo em alguns pontos ou talvez, as roupas banhadas em uma mistura sangue e lama secos e quase completamente destruídas.

Os pais de Virgínia a olhavam com desgosto e a sua irmãzinha estava com os olhos cheios d'água, mas mesmo assim ela não correu para ampara-la, o que eu mesmo estava quase fazendo.

— Eu não sabia que tinham visita - Virginia disse baixo, sua voz tremula, ela parecia exausta demais, até mesmo para falar — Sinto muito. Ismael, me leve para a sala de treinamento.

Querida, o que aconteceu com você?! - minha mãe correu para ela, tocando seu rosto com cuidado, analisando os machucados que de perto pareciam ser ainda maiores, ela já tinha até se livrado da taça de vinho, o que era um milagre. — Vamos, filho, a ajude aqui.

Com muito gosto, obedecendo as ordens da minha mãe, peguei Virgínia dos braços do homem, ouvindo ela gemer de dor conforme subia as escadas. Seu corpo estava todo machucado. Com a voz quase inaudível, ela me disse onde era seu quarto e eu a deixei sobre a cama, mesmo que ela tivesse falado algo sobre não querer sujar seus lençóis.

— Você quer ir ao hospital? - minha mãe sugeriu, mas Virgínia negou.

— A senhora não precisa se preocupar, pode voltar e terminar o jantar... - ela se esforçou a dizer — Flora está esperando por vocês..

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora