VINTE E NOVE

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VIRGÍNIA

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VIRGÍNIA

  Sábado chegou junto com uma dor de cabeça terrível, mas, eu tive que sair da cama mesmo assim, já, que haviam muitas coisas para fazer. A mansão estava movimentada quando desci para o café da manhã, além dos funcionários da casa, haviam os funcionários da casa de festas, do buffet e da floricultura.

A sala principal, onde seria realizada a festa, já estava totalmente sem os móveis e as decorações que eu já havia me acostumado. E, agora, sobre a lareira ainda apagada, havia um quadro enorme, pintado a mão, provavelmente, de uma família de três pessoas. Um casal e um bebê.

Reconheci Acsia e seus cabelos castanhos avermelhados, ela estava muito mais jovem, sentada em uma poltrona elegante, no seu colo, estava sentado um menininho loiro que devia ter no máximo quatro anos, pelo tamanho, ele usava o que parecia ser uma versão em miniatura do terno que o homem  ao lado deles em pé, estava usando. Ele era homem loiro, extremamente parecido com Ângelo, ele devia ser seu pai, usando um terno chique e o cabelo penteado para trás.

Parei de encarar o quadro e segui para tomar café, eu precisava de algo forte, que não tivesse álcool, para colocar meus pensamentos em ordem. O dia seria longo e eu tinha certeza que eu não teria tempo para muito coisa.

— Bom dia, querida - Acsia disse quando entrei na sala de jantar. Ela parecia estar terminando seu desjejum, notei que, ela já havia começado a beber. Ao lado da xícara de café, estava uma taça com vinho quase vazia. — Você não parece bem - constatou após me olhar por alguns instantes — Ressaca?

— Acho que sim - respondi puxando a cadeira para me sentar — É um belo quadro... - comentei — O que esta sobre a lareira.

— É uma forma de prestar respeito ao pai de Ângelo - ela respondeu dando de ombros — Ele era alguém que todos admiravam. Gosto de lembra-los disso.

— Como ele era? - quis saber, embora, algo em mim, me mandasse não cruzar a linha.

— Me pergunte isso no final da noite, quando eu estiver bêbada o suficiente - ela respondeu com um sorriso cortante, deixando claro que isso nunca ia acontecer — Vou pedir para alguém trazer um remédio para você - ela fez uma careta enquanto me olhava — Você está mesmo ruim, querida...

Revirei os olhos para ela. Acsia estava apenas exagerando. Eu tinha me olhado no espelho e não estava tão ruim assim... eu tinha até penteado meu cabelo! Ela estava tentando me irritar.

O filho dela podia ser a cara do pai, mas eu tinha certeza que a personalidade era igual a dela.

Pare de pensar em Ângelo.

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora