CINQUENTA E TRÊS

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VIRGÍNIA 

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VIRGÍNIA 

Os dias se passaram de maneira semelhantes. Ângelo estava ocupado no seu trabalho durante o dia, enquanto eu estudava, comparecia a eventos sociais e  passava boa parte do tempo com Acsia, quase todos os dias eu via Yeter ou Eugênia, mas a noite era toda nossa. Podíamos passar horas conversando sobre seu trabalho, ou qualquer outra coisa, mas também podíamos estar ocupados demais com nossos corpos para dizer uma palavra.

Eu estava terminando de arrumar para irmos a um jantar na casa de Yeter quando Ângelo chegou, pela sua expressão, ele não parecia nada feliz. Ele veio em minha direção e me abraçou pelas costas, descansando o queixo em meu ombro. 

— Tudo bem? 

— Não vou conseguir ir no jantar com você - ele disse, a voz respigando irritação — Recebemos denuncias anônimas sobre um possível traidor entre nossos homens e Omar pediu que eu fosse pessoalmente verificar se a informação é verídica - Ângelo explicou — Sinto muito, amor. 

— Não precisa se desculpar, eu entendo - falei sincera, virando-me para porder olha-lo — Existe alguma possibilidade de ser verdade? Sobre o traidor? 

— Omar acha que sim, eu prefiro pensar que não, mas existe a possibilidade, de alguns dias pra cá, vem acontecendo muitas abordagens policiais e algumas prisões pequenas... não é muito, mas está começando a chamar atenção de gente que espera apenas um pequeno deslize nosso para agir... 

— Entendo - eu deixei um beijo em sua bochecha — Não precisava vir aqui para explicar, uma ligação era o suficiente. Não estou chateada, você não pode controlar esse tipo de situação.

— Eu sei... - Ângelo suspirou — Mas eu queria ver você e ter certeza de que você não ia ficar puta comigo - ele segurou meu rosto entre as mãos e iniciou um beijo lento, que me fez derreter em seus braços com facilidades — Eu tenho que ir - ele disse, mas parecia ser mais um lembrete pra ele do que qualquer outra coisa.

— Então vá - eu ri contra seus lábios — Vou estar esperando você aqui. - eu fiz uma pausa — Depois do jantar, claro.

Ângelo assentiu e depois de mais um beijo demorado, ele deixou o quarto rapidamente. Eu ainda consegui ouvir ele e Acsia discutindo pelos corredores avidamente, mas apenas ignorei, acostumada com a relação dos dois e voltei para a minha imagem no espelho.

Eu usava um vestido preto tubinho, o mais clássico possível, junto com um par de sandálias de tiras e algumas joias. Meu cabelo estava preso em uma trança jogada por cima do ombro e apenas uma maquiagem leve coloria meu rosto pálido.

Eu parecia um pouco mais gorda do que antes, era mínimo, mas eu podia notar. A falta de exercício constante era responsável por isso, eu teria que tirar algumas horas do dia para fazer algo em relação ao ganho de peso ou em breve eu estaria precisando de roupas novas, talvez eu usasse a área de treinamento da casa, mas eu não gostava de estar lá sem Ângelo.

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora