SESSENTA E UM

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VIRGÍNIA

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VIRGÍNIA

A festa oficial do noivado de Eugênia e Raul aconteceu poucas semanas mais tarde, na casa da família de Raul. Eugênia estava linda, usando um vestido tão branco que nem parecia real, mas, mesmo com o sorriso amável que ela exibia, seus olhos entregavam a tristeza que ela estava sentido. Doia em mim ver tudo aquilo, e só piorava quando Raul se aproximava dela ou tentava toca-la.

— Eu não aguento mais... - resmunguei para Ângelo, escondendo meu descontentamento atrás da taça de champanhe, embora eu não estivesse bebendo aquele dia.

— Controle sua expressão, amor - ele disse, a mão descansando em meu quadril. — Não queremos chamar uma atenção indesejada..

Suspirei, lhe entregando o champanhe originalmente seu e o observei beber alguns goles em silêncio.

— Quanto tempo precisamos ficar?

— Impressão minha ou você está mais impaciente que o normal? - ele se virou, ficando de frente pra mim — O que está acontecendo?

— Estou bem, apenas irritada com Raul e toda essa história... - respondi, descansado minha testa em seu peito. — Tem certeza que aqueles dois não vão aparecer hoje, certo? - perguntei baixo o suficiente para que apenas Ângelo ouvisse.

— Tudo indica que não.

— Eles apareceram na nossa festa.

— Nossa posição é mais elevada que a da família de Raul. - Ângelo explicou vagamente.

— Eu gosto de ser o centro das atenções, mas isso já é demais - a voz de Raul chegou como um sussurro cansado. O olhei por cima do ombro, fazendo uma careta, o que apenas o fez sorrir. — O que acontece se eu fugir da minha própria festa de noivado?

— Você não vai fazer isso - ameacei entre dentes, a ideia dele envergonhar e magoar Eugênia ainda mais me deixava... furiosa. Me afastei de Ângelo e respirei fundo, — Vou deixa-los conversar - avisei e os deixei sozinhos, caminhando em direção a Eugênia, mas antes, fui interceptada por um grupo de senhoras e fiquei presa no que pareceu ser uma eternidade, até que Yeter veio em meu resgate.

— Virginia! Ai esta você! - ela beijou minhas bochechas e sorriu, segurando minha mão — Senhroas, receio que vou precisar da atenção da senhora Caccini por agora.

Sem se importar em receber uma resposta, ela me guiou entre os convidados até estarmos em um canto mais reservado da sala de festa.

— Como você está? Você sumiu desde o jantar lá em casa... - ela olhou para os lados e se aproximou — Estão rolando alguns rumores sobre Ângelo e... sua irmã? Deus, isso é insano. A sua irmã não tem dezessete anos e mora em Paris com sua família?

— Foi tudo um mal entendido, Yeter. - eu sorri calmamente, entendo porque as pessoas pareciam tão interessadas em nós, ainda mais que o normal. — As coisas já foram resolvidas, não se preocupe.

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora