TRINTA E UM

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VIRGÍNIA

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VIRGÍNIA

— Vou receber os convidados, eles devem estar começando a chegar e eu tenho que me preparar mentalmente para fingir que estou muito feliz por recebe-los na minha casa - Acsia disse séria, limpando a garganta, pelo espelho, eu notei que ela lançou um olhar severo para o filho antes de continuar — Vocês tem mais ou menos uma meia hora, Jean vai vir buscar vocês quando for a hora de vocês entrarem. - e, saiu do quarto fechando a porta.

Me virei para Ângelo e ele estava me olhando de uma forma que eu não sabia descrever... mas era intenso e fez meu estômago revirar.

— Você está deslumbrante, Virgínia - sua voz saiu perigosamente baixa e eu engoli seco. As coisas não acabavam quando sua voz ficava daquele jeito, eu sabia muito bem.

— Não acho que seja certo que você fique aqui - eu disse, me lembrando de suas palavras depois que eu lhe dei um tapa e ignorei o formigamento no pé da minha barriga.

— Eu sei - ele limpou a garganta, colocando as mãos nos bolsos de forma despreocupada — Mas é preciso, anjo. Temos que fazer uma entrada, dançar e então, eu vou te pedir em casamento... - Ângelo soltou o que pareceu ser um grunhido de desgosto — Mesmo que isso seja só um teatro, nós dois precisamos fazer tudo direito.

— Você não está feliz, não é? - eu disse, me virando novamente no espelho. Eu estava tão... linda. De tirar o fôlego. Todas as pessoas também pensariam assim?

— Por mim já estaríamos casados - Ângelo disse e pelo reflexo do espelho, eu consegui vê-lo sentar-se na beirada da minha cama, sua expressão era de pura insatisfação — Eu não aguento mais ficar longe de você.

— Já perdi a conta de quantas vezes você me disse isso - eu disse, tentando mudar o rumo da conversa, embora eu soubesse que não tinha funcionado totalmente.

— É a verdade - ele respondeu e então soltou um suspiro — Esse capo desgraçado está apenas tentando fuder comigo, se você quer saber.

— Não devia falar assim do seu Capo, Ângelo - eu disse, me virando para ele novamente, com medo de que ele pudesse ser ouvido e tratado como um traidor. Todos sabiam o destino dos traidores.

— Ele está onde está graças a minha mãe e a mim também - Ângelo resmungou — Não devia estar tentando bancar o espertinho pro meu lado, Omar sabe muito bem disso.

— Omar...? - eu pisquei confusa. O homem da banca de comida de rua?! Aquele Omar?!

— Omar Benevintt - Ângelo respondeu, parecendo notar minha confusão — O outro Omar é apenas o Omar. É só uma coincidência engraçada.

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora