TRINTA E QUATRO

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VIRGÍNIA

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VIRGÍNIA

Meu coração estava acelerado, eu sentia a adrenalina se apossar de todos os meus sentidos, junto a uma euforia culposa, e a única coisa que eu conseguia fazer era sorrir para a escuridão abaixada no banco de trás do carro de Ângelo. Qualquer um poderia me der ali se fizesse algum esforço e por algum motivo muito errôneo, isso me deixava... em êxtase.

Eu devia ter me negado a participar dessa loucura com Ângelo, tudo indicava que não ia acabar bem, mas, quando um passarinho que sempre almejou ser dono do próprio bico vê a gaiola aberta, ele não se aguenta.

Eu disse a mim mesma que pensaria nos meus atos e lidaria com as consequências quando voltasse para casa. Eu me permitir e aproveitar a experiência.

Permitir e aproveitar.

— Já pode se levantar - ouvi Ângelo dizer — Já estamos longe o suficiente de casa - ele continuou quando não me levantei — Virgínia, está aí?

— Sim - limpei a garganta e me levantei, me sentando no banco de forma ereta, agradecendo por nenhum dos dois me verem ficar vermelha por meu pequeno transe. — Onde vamos? - perguntei antes que algum deles comentasse.

— Eu e você - Ângelo disse, me corrigindo e eu franzi a testa — Vamos a uma boate e Raul vai sair do meu carro assim que chegarmos a cidade.

— Você não pode me excluir da sua vida só porque agora tem uma garota, cara - Raul rebateu cruzando os braços — Eu vou junto.

— Nem fodendo - Ângelo cuspiu.

— Eu vou - Raul insistiu. Ele não tinha medo da morte, aparentemente, já que os olhos de Ângelo gritavam "eu vou te matar" o olhando de soslaio — Seria inconsequente deixar vocês dois sozinhos.

— Se quiséssemos ser vigiados, teríamos ficado em casa, seu idiota - Ângelo latiu as palavras impaciente — Cale-se antes que eu te faça descer agora mesmo.

Olhei pela janela e entendi o motivo de Raul não ter dito mais uma palavra, estávamos no meio do nada, havia apenas escuridão e uma pequena floresta, que rodeava a mansão Caccini.  Eu não tinha notado antes que a casa era tão longe da cidade.

Ângelo parou o carro em frente a uma casa quase tão grande quanto a sua, com um portão enorme e olhou para Raul.

— Dê o fora - o loiro carrancudo mandou.

— Você está falando sério? - Raul parecia indignado e eu quase senti pena dele. Ele bufou e saiu do carro batendo a porta, xingando Ângelo.

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora