QUINZE

6.5K 550 26
                                    

VIRGÍNIA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

VIRGÍNIA

Esse maldito psicopata!

Eu o encarava sem acreditar que ele tinha a audácia de tentar me culpar por sua falta de bom senso!

— Quando me soltar eu vou te bater tanto - ameacei — Eu vou te deixar com o olho roxo!

— Igual fez com Flora? - ele riu, puxando meus pulsos para trás do meu próprio corpo, me imobilizando e ainda deixando nossos corpos mais próximos — Eu geralmente gosto de estar no comando, mas podemos tentar mudar as posições, claro, depois do casamento.

Eu tentei não demonstrar o quanto eu estava com vergonha, mas pelo sorriso, ele notou.

— Me. Solte.

— Tudo bem - ele disse, mas quando pensei que fosse me soltar, ele me apertou ainda mais contra seu corpo, e enquanto eu tentava me soltar, ele aproveitou para tomar minha boca em um beijo que já começou bruto e exigente, eu tinha pouca experiência, mas era totalmente diferente do que aconteceu de manhã naquele provador, a lembrança junto ao seu toque, me fez arrepiar. Isso não devia acontecer.

Ângelo finalmente soltou meus pulsos, mas eu não me afastei, não consegui, apenas deixei que ele me beijasse e me segurasse agora pela cintura.

— Não foi tão difícil, foi? - ele debochou contra meus lábios e isso me fez pular para longe dele como um gato assustado.

— Você é um trapaceiro - murmurei me virando de costas para ele, evitando olha-lo. Eu quis correr de volta para casa quando senti ele se aproximar, mas não o fiz, novamente permiti que ele se aproximasse, que pressionasse  seu corpo contra o meu em um abraço.

Seus braços estavam ao redor da minha cintura e eu estava imóvel enquanto ele se acomodava atrás, como se estivesse acostumado a fazer isso. Eu não era tão pequena quanto Flora, mas, eu me senti minúscula entre seus braços. Não de uma forma ruim. Era apenas diferente.

Ficamos parados por alguns instantes e então, Ângelo beijou-me na bochecha. A ação me pegou de surpresa e ele notou, pois riu baixinho perto da minha orelha.

— Vamos voltar - ele segurou minha mão, não deixando espaço para contestar e eu apenas o segui, tentando assimilar o que estava acontecendo.

O jantar ocorreu de forma desconfortável, como eu já imaginava que seria. O único som em toda a sala de jantar eram dos talheres cortando a carne de carneiro e embora estivesse delicioso, aquele jantar parecia mais uma sessão de tortura do que qualquer outra coisa. A sobremesa foi um clássico petit gateau  e finalmente a tortura teve fim. Ou eu pensei.

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora