CINQUETA E DOIS

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VIRGÍNIA

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VIRGÍNIA

Eugênia foi levada para casa pelos funcionários da sua família pouco tempo depois que eu acordei. Assim como eu, ela não estava muito bem, além do coração partido, estava com uma ressaca pior que a minha, se duvidar, mas não podíamos fazer nada além de deixa-la voltar e dar para ela alguns remédios para a dor, eu tinha a impressão que a família dela não ia gostar se estivesse tão visível o quanto ela bebeu. 

Como era domingo, eu não tinha nenhuma aula de etiqueta ou de idiomas, Ângelo também não ia precisar sair, então, todos concordamos em almoçar juntos na área da piscina. Eu comi pouco, já que estava meio enjoada por conta da bebida, mas isso não pareceu incomodar mãe e filho, que estavam muito felizes com a programação. 

A conversa fluiu naturalmente e era como se fossemos uma família desde... sempre. 

Família. Meu coração se aqueceu. Eles eram minha família. 

Acsia foi a primeira a se retirar, ela disse que queria aproveitar o resto do dia para ler um pouco e preparar minha rotina de estudos da semana, antes de ir, ela me deu um beijo na testa e revirou os olhos quando Ângelo reclamou que eu era sua favorita agora.

— Estava pensando em tomar um sol, o que você acha? - Ângelo perguntou cruzando as pernas. Já havíamos terminado de almoçar e estávamos apenas aproveitando o momento em silêncio sob o Sol. — Na piscina - ele completou.

— Parece bom - eu olhei para a água cristalina que parecia convidativa. A piscina retangular parecia uma maldita coisa olímpica, e eu provavelmente ficaria submersa se tentasse colocar meus pés no fundo. — Vou colocar um biquíni. - avisei me levantando e ficando ao lado dele para beijar seus lábios apenas porque tive vontade — Você quer que eu traga uma roupa pra você também?

— Oh, meu amor, você acha que eu vou perder a oportunidade de te ver colcoando um biquíni? - ele disse com um sorriso malicioso e eu revirei os olhos tentando não rir.

Subimos e nos trocamos. Apenas para irritar Ângelo, eu me tranquei no meu closet enquanto vestia o biquíni preto. Ele cobria apenas o necessário e as alças finas deixaria uma marca bonita se eu ficasse no Sol o suficiente.

Ângelo reclamou e disse o quanto eu era má, mas ficou satisfeito quando eu pedi ajuda para passar protetor nas costas, o que quase se transformou em nós dois sem roupa novamente.

Ele me beijou e amarrou novamente o biquíni no meu pescoço, sorrindo malicioso olhando para o decote, como se ele não me visse sem roupa o tempo todo.

— Eu realmente gosto deles - ele comentou, deslizando as mãos pelas laterais do meu corpo, até alcançar meus quadris, onde brincou com a parte inferior do biquíni com os dedos.

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora