TRINTA E TRÊS

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ÂNGELO 

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ÂNGELO 

— Do que você está falando, Ângelo? - Virgínia voltou a perguntar apos olhar ao redor, para ter certeza de que ninguém estava perto o suficiente para conseguir nos ouvir — O quanto você bebeu?

— Estou completamente sóbrio - me defendi levemente indignado por ela achar que eu precisava de algum álcool para ser meio inconsequente, eu já era naturalmente — Você é  a fraca pra bebida aqui, anjo, não eu.

— Pare de brincadeiras, todos já estão acabando com a minha paciência - ela brigou séria.

— Não estou brincando. Nós vamos fugir e comemorar nosso noivado do jeito certo. - expliquei  simplesmente.

— Acsia vai nos matar, Ângelo - Virgínia disse engolindo seco. Ela havia gostado da ideia, estava odiando tudo aquilo tanto quanto eu, eu sabia que sim, mesmo que ela nunca fosse assumir.

— Ela só vai notar quando for tarde demais - afirmei confiante, embora não fosse totalmente verdade — Me escute, já fiz isso muitas vezes.

— Imagino que sim - ela resmungou.

— Vamos, anjo... - eu estava pensando em formas de convence-la.

— Como vamos sair sem que sua mãe perceba? - Virgínia perguntou me interrompendo  — Ela está de olho em nós o tempo todo - ela virou levemente  o queixo, indicando de forma discreta para a minha mãe. Ela estava conversando com um grupo de mulheres e embora parecesse prestar totalmente atenção, lançava  olhares  sutis para nós  dois a todo instante. Eu já tinha notado isso e minha noiva espera também.

— Não vamos conseguir sair sem que ela perceba, mas não pode fazer um escândalo para nos impedir - eu disse abrindo um sorriso — Esse é nosso trunfo. Minha mãe vai fazer de tudo para preservar a honra da nossa família e jamais vai admitir que fugimos da nossa festa de noivado sozinhos para fazer sabe-se lá o quê.

— É muito arriscado, as pessoas vão notar e comentar... - Virgínia começou relutante. Eu podia ver a dúvida estampada em seu rosto.

— Confie em mim, anjo - eu a interrompi — Eu sei que quer isso tanto quanto eu. 

— Se formos pego, vou colocar a culpa toda em você - Virginia disse seria e eu sorri, sabendo que tinha conseguido convencê-la. 

— Não vamos ser pegos - eu disse ainda sorrindo — Tenha um pouco de fé no seu futuro marido, anjo. Eu já te disse, vou cuidar de você. 

— Como vamos sair daqui sem que nos vejam? - perguntou ignorando mais uma vez minhas declarações. Ela não parecia acreditar, mas eu estava sendo sincero como nunca fui antes. 

— Eu vou apagar as luzes e você corre pro jardim - expliquei — Te encontro lá e então vamos juntos para a garagem. 

— Esse é seu plano infalível? - Virginia questionou desdenhosa e eu dei de ombros. 

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora