DEZ

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ÂNGELO

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ÂNGELO


Sem me importar em acabar sendo pegos, puxei Virgínia até um provador. Uma funcionária olhou pra nós meio assustada com a situação, mas eu apenas a dispensei com um gesto apressado. Depois eu cuidaria dela, agora eu precisava beijar minha futura esposa ou acabaria passando mal.

— Ângelo...! - ela sussurrou quando a pressionei contra a parede espelhada do provador.

— Faça silêncio ou vão nos achar - eu pressionei meu corpo contra o dela, sentindo-a contra mim enquanto fechava a cortina preta grossa. A sensação era maravilhosa e eu mal podia esperar para ter isso sem a barreira que nossas roupas proporcionavam. — Você não quer que sua irmãzinha veja isso, não é?

— Isso é errado... - ela sussurrou contra minha boca — Por favor, Ângelo...

— Por favor o que? - eu rocei minha barba por fazer em seu pescoço. Virgínia gemeu. — Você quer que eu beije você? Porque eu quero muito beijar você, mas, preciso que você queira também...

— Me beije Ângelo - ela finalmente disse — Me beije, por favor... - sua voz não passou de um sussurro engasgado e eu gemi com sua diligência antes de tomar sua boca em um beijo que já começou sedento.

  Por um momento, eu senti como se estivesse provando água depois de dias a fio no deserto. Virgínia estava tímida, era provavelmente seu primeiro beijo e isso deixava meu ego ainda maior, seria o único a tê-la. Ela pegou o jeito facilmente, me deixando comandar os movimentos e segurar seu corpo, o que me surpreendeu, Virgínia não era alguém que se deixava ser comandada, mas teríamos uma vida inteira para fazê-la descobrir seus gostos e aversões, eu a ajudaria com todo o prazer.

Nos separamos sem fôlego, eu encostei minha testa na dela, Virgínia estava com os olhos fechados e eu apreciei seus lábios vermelhos e inchados graças ao beijo... Aquela mulher era tão linda que chegava a doer.

Um beijo não seria suficiente, eu a teria por inteiro. E logo. Virgínia era meu prêmio, minha prometida, e eu a levaria para a Itália comigo, nem mesmo o diabo me impediria.

— Virgínia? - a voz de Flora ecoou e Virgínia arregalou os olhos. Levei o dedo indicador até meus lábios pedindo silêncio. — Virgínia?! - a voz de Flora ficou mais alta, mas eu não me movi. Não fazia parte do plano que ela nos pegasse naquele momento, mas, as coisas seriam mais rápidas se acontecesse. — Com licença? - ela parou bem próxima ao provador, eu podia ver seus pés pelo pequeno espaço entre o chão e a cortina.

— Sim, senhorita? - era provavelmente uma vendedora.

— Você viu a moça alta e morena que estava comigo? Ela e um rapaz loiro estavam aqui agora a pouco.

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora