SETE

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— Eu não vou me casar com aquela garota - praticamente rosnei

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— Eu não vou me casar com aquela garota - praticamente rosnei. A conversa com Virginia só serviu pra me deixar irritado. Aquela família me deixava irritado. Se todos os franceses fossem como eles, eu não poderia mais julgar os sicilianos por insistirem em odiá-los. — Eu não me importo com o que os Laurent querem. Eu quero a outra.

— Eles vão respeitar a decisão das meninas - minha mãe disse com a mesma fúria que a minha, ela devia estar na segunda ou terceira taça de vinho branco — Você ouviu, o que elas decidirem será aceito pelo pai.

— Virgínia não me quer, mamma. - eu me joguei no sofá, soltando um suspiro chateado. 

— Ela não precisa querer, Ângelo. - minha mãe se aproximou — Tome-a se for necessário.

— Posso rapta-la e e leva-la para Itália? - provoquei, mesmo que a ideia fosse mais que apetitosa pra mim. 

— Faça isso sem causar uma guerra - ela se corrigiu.

— Me diga como. 

— Essa é a primeira vez que eu te vejo assim - ela comentou — Por isso, sei que vai conseguir sem a minha ajuda direta.

— Mamma...

— Eu confio em você, mio incantevole angelo - ela tocou meu rosto com carinho, que logo se tornou um aperto doloroso — Traga Virgínia para a nossa família ou você terá problemas.

Ela deixou a taça de vinho sobre a mesa e saiu da sala, me deixando prestes a quebrar todo o cômodo em um surto psicótico.

*** 

  Alguns dias se passaram desde que vi Virginia e eu ansiava desesperadamente para saber como ela estava, por isso, tomei a decisão precipitada de me convidar para o chá da tarde com a família Laurent, claro, sem a parte da família que eu não gostava.

 Pedi a um dos meus homens que vigiassem a casa de Virginia e me avisasse caso ela ficasse sozinha e finalmente aconteceu. O pai estaria o dia inteiro no trabalho e depois do almoço, a mãe a irmã dela se foram, segundo as informações que colhi os dias em que não vi minha futura esposa, elas sempre saiam juntas, sem Virginia, o que me irritou. Eu não tinha uma família muito normal, mas, se eu tivesse um irmão, minha mãe não faria isso. 

 Estacionei o carro alugado em frente a casa dos Laurent e saí após pegar o buquê de amarílis rosas e brancas, além da beleza da flor, eu gostava do significado e esperava que Virginia entendesse o recado. Era um arranjo simples, nada exagerado. Imaginei que minha noivinha ia preferir algo discreto, mesmo que eu quisesse ter comprado um buque com uma centena de rosas vermelhas. 

 Entrei na casa após sendo recebido por uma empregada que parecia surpresa demais em me ver.

— Os senhores não estão em casa - ela disse ao me guiar até a sala de estar. 

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora