VINTE E CINCO

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ÂNGELO 

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ÂNGELO 

Eu estava certo. 

Foi uma péssima ideia. 

— Você não está levando a sério, Ângelo! - Virginia reclamou quando conseguiu me derrubar pela segunda vez, antes com uma rasteira e agora com um chute bem no meio do meu estomago. Ela era forte demais para o seu tamanho, mas, a realidade é que eu não estava conseguindo focar na nossa pequena luta. 

— Estou aquecendo - rebati, me sentando no chão para recuperar o folego. Virginia deu um passo a frente e me encarou de forma minuciosa, cruzando os braços e eu abaixei a cabeça quando notei que isso fez com que seus seios ficassem ainda mais evidente. 

— Ângelo? - ergui o olhar quando ela me chamou, agora, suas mãos estavam na cintura — Não me diga que está tentando não me machucar? - ela me olhou com a testa franzida e eu neguei rapidamente — Ah, não? Pois é exatamente o que me parec- sua fala foi interrompida quando eu puxei seu tornozelo, a fazendo cair de costas no tatame em um som alto, ela soltou uma exclamação de surpresa, e estava prestes a se levantar, mas eu me joguei por cima dela, prendendo seus pulsos acima da cabeça com as mãos, me apoiando nos meus joelhos para não acabar tocando nela demais. E isso era pro meu próprio bem. 

— O que você estava dizendo? - eu abri um sorriso divertido e Virginia bufou. 

— Saia de cima de mim - ela disse baixinho, virando o rosto quando eu abaixei o meu, estávamos próximos o suficiente para que suas bochechas ficassem levemente avermelhadas. Eu adorava suas pequenas reações, aposto que ela nem imaginava o quanto o seu corpo correspondia a cada toque meu. — Vincenzo, saia... 

— Me tire - eu disse me aproximando ainda mais dela, até a ponta do meu nariz roçar em sua bochecha. Inspirei fundo, me deliciando com seu cheiro e me controlei para fazer muito mais que isso. — Eu sei que você consegue. Vamos lá, anjo. - a provoquei. 

Virginia ergueu o joelho e alcançou meu estomago, o impacto me afastou, mas não o suficiente para solta-la, então ela me deu outra joelhada e eu a soltei por poucos instantes, o suficiente para ela me chutar ainda mais forte, me fazendo ceder para trás, e ficar por cima em um movimento rápido, segurando meus pulsos um a cada lado do meu corpo com uma força espetacular. Ela me olhou sorrindo convencida. 

Porra, eu amava quando ela fazia isso. 

— Você pode ser forte pra caralho, mas ainda é muito leve, não vai conseguir manter um homem imobilizado se jogando por cima dele - falei me descivilizando do seu aperto em meus pulos, e segurando suas mãos entre as minhas, a puxando até seu rosto estar próximo ao meu, o movimento a fez cair de vez em cima de mim. 

— Se estivéssemos em um combate de verdade, eu teria te deixado inconsciente alguns segundos atrás - ela disse tentando se afastar, mas eu não permiti, aumentando o aperto. 

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora