CINQUENTA

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VIRGÍNIA

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VIRGÍNIA

Ângelo estava dormindo profundamente quando eu acordei. Ainda estava meio escuro, mesmo que ele tenha esquecido de fechar uma das cortinas antes de deitar, devia ser cedo demais, por isso, eu apenas me aconcheguei nele, enterrando minha cabeça na curva do seu pescoço. Meu braço estava ao redor de seu abdômen e eu observei minha aliança em silêncio.

Meses atrás, se alguém me dissesse no que minha vida havia se transformado, eu teria quebrado seu pescoço, mas, deitada nos braços do homem mais lindo que eu já tinha visto na vida, usando sua aliança, eu não podia me sentir... melhor.

— Bom dia, amor - ele disse bocejando. Eu já estava acostumada com todos os apelidos que Ângelo tinha pra mim, embora "anjo" fosse o meu favorito, parecia que "amor" era o dele. 

— Ainda é cedo - eu avisei baixinho — E é sábado, não precisa levantar agora, durma mais um pouco.

Ângelo riu baixinho e beijou o topo da minha cabeça antes de me puxar para cima dele. Apoiando meu queixo em seu peito, agora eu podia ver seu rosto e sentir todo o seu corpo embaixo do meu.

— Animada pro seu brunch? - ele perguntou, acariciando minha bochecha com a ponta dos dedos. 

— Estou feliz por ver Eugênia e Yeter novamente - respondi sincera — Ainda acho uma bobagem essa cosia de não poder receber visita na primeira semana de casamento, o que eles acham? Que estamos desesperadamente fazendo sexo o dia todo? - revirei os olhos.

— É estúpido que eles pensem dessa forma, nós fazemos isso só de noite. - ele riu quando eu revirei os olhos. — E, apenas porque eu trabalho, se não, sim, nós estaríamos fodendo desesperadamente o dia todo em todo canto dessa casa. Que tal começarmos agora?

— Estamos com bafo. - eu lembrei e Ângelo sorriu. — Não vou beijar você assim. - fiz uma careta.

— Quem falou sobre beijar? - ele piscou pra mim

— Você não tem que trabalhar nem nada do tipo? - eu resmunguei tentando não sorrir, virando meu rosto para deitar minha bochecha sobre seu peito.

Fazia uma semana que estávamos casados, mas parecia muito mais tempo. Talvez por termos passado algumas semanas morando juntos antes de realmente vivermos juntos. Eu estava acostumada a dormir e acordar com ele, a tomar café da manhã e conversar, a esperar ele chegar para o jantar... na maioria dos dias ele chegava tarde, e emburrado, mas não precisava de nada além de beijos para deixa-lo melhor. 

Era calmo, apesar das outras questões problemáticas que envolviam nossas vidas, como Flora e o brunch, sem contar nos eventos que eu teria que começar a comparecer na semana seguinte como a nova senhora Caccini, oficialmente.

Sobre minha irmã imprudente, apenas sabíamos que ele comprou uma passagem de ônibus e saiu de Paris. O detetive que Ângelo colocou atrás dela estava na sua cola e garantiu que logo teríamos boas notícias. Aparentemente, Flora estava passeando pelas cidades ao redor de Paris, ela devia estar apenas se divertindo. 

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora