VINTE E TRÊS

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VIRGINIA 

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VIRGINIA 

Observei Ângelo ser arrastado para fora de casa por Acsia e voltei para meu quarto após ficar alguns instantes encarando a sala vazia. 

Tomei um banho e vesti as roupas mais confortáveis que achei entre as que me foram entregues, tentando ignorar que, o que tinha acontecido na madrugada, não tinha sido um sonho... Que eu tinha deixado Ângelo ficar, que tinha chorado em seus braços, que tinha sido consolada por ele.... e pior, não tinha sido ruim. Parecia ser extremamente natural receber aquele tipo de carinho dele. 

Era difícil pensar que ele era o mesmo homem que ameaçou minha vida, pouco dias antes... 

E era mais difícil ainda saber qual era a sua verdadeira personalidade. Talvez eu nem quisesse saber. 

— Senhorita? Posso entrar? - Jean bateu na porta do quarto, entrando quando eu respondi um "sim". Eu estava terminando de pentear meu cabelo, para prendê-lo em uma trança depois. — Deseja ter seu café servido? 

— Posso comer no quarto? - perguntei, não queria comer sozinha em uma mesa enorme. 

— Como preferir, senhorita. 

— Depois, pode me levar em algum lugar onde eu possa me exercitar? - perguntei, esperançosa de que aquela casa enorme teria uma academia, ou uma ala de treinamento, embora a movimentação do lado de fora da casa, parecesse pouca demais para isso.  Se não houvesse nada do tipo, eu sairia para uma corrida ou algo parecido, não estava acostumada a não fazer nada e tinha a impressão que não teria muito tempo para me manter ativa quando casasse com Ângelo e assumisse os deveres como a esposa de um consigliere. 

Eu não sabia quais deveres eram esses, mas, Acsia havia me garantido que eu não seria apenas um rosto bonito ao lado de Ângelo. Eu confiava nela. Acsia era uma mulher poderosa e eu queria ser como ela. 

— Como desejar - dizendo isso, Jean saiu do quarto, voltando alguns minutos depois com uma bandeja abundante com meu café da manhã, haviam frutas, três tipos de suco diferentes, bolo, pão recheado, torrada com geleias... Comi um pouco de tudo, imaginando o que minha mãe ia dizer se me visse comer tanto.

Deixei o pensamento idiota de lado e coloquei na boca o último pedaço da minha torrada com geleia de morango.

Jean, que estava em pé ao meu lado me assistindo comer, pareceu satisfeito quando eu terminei.

— A senhorita deseja ir a academia particular do anexo do senhor Ângelo ou a área de treinamento dos seguranças da casa? - Jean perguntou após uma empregadas retirar a bandeja e sair do quarto.

— Jean, me chame apenas de Virgínia, me incomoda um pouco que você seja tão formal comigo - eu falei cautelosa, sem ter certeza de que ele poderia fazer isso — Se você preferir, ao menos quando estivermos sozinhos...

À PROVA DE BALASOnde histórias criam vida. Descubra agora