E O CÉU DESABA - TEMPORADA ESPECIAL/ SEGUNDA PARTE - FANFIC BILLIE EILISH

Sou a cara de meu pai...

ESTE CAPÍTULO ABORDA RAPIDAMENTE ASSUNTOS SOBRE ABUSO SEXUAL

POV Wendy

- Eu gostava... era bem legal!- Ela falou enquanto passava os dedos entre as pulseira no meu pulso.

Nos duas balançávamos o pé na água, estávamos sentadas na beirada do chão de madeira, que dava acesso a água do mar.

- Eu sentia mais medo...- Falei e ela me olhou.

Depois de almoçar, nos ficamos ali, conversando sobre algumas coisas e lembranças, oque ainda gostaríamos de fazer.

- Eu queria tirar você dali...- Ela me olhou.- Eu odiava...

- Eu gostava porque eu tava com você...

- Mas estava na empresa... no começo foi ainda mais assustador, você estava com aquele seu famoso cu doce e eu não podia fazer nada!- Ela riu debochado.

- Meu oque?!- A encarei.

- Isso mesmo!! Você é chata quando está irritada comigo!- Billie riu baixo.

- Eu estava brava... sem motivo plausível?... sim! Mas na época fazia sentido.

- Qual?!! Sua mente tinha motivos bizarros!

-... Eu achei que tinha ido porque se importava mais com a empresa do que com a gente.

- Lembra da nossa conversa... que você me fez as perguntas mais bobas possíveis na sua percepção, mas pra mim, eram super válidas? Quando a gente estava no meu quarto e você me fez perguntas impossíveis de acontecer... mas todas elas aconteceram.- Ela concordou passando o pé pela minha perna.

- Eu notei que você respondia com receio... não parecia em dúvida! Você tinha a resposta direta na sua mente... mas parecia levar tão a sério.

-... Porque... eu sabia que podia acontecer.- Falei e ela deitou a cabeça no meu ombro.

- Lembra quando começamos na empresa... claro, depois que "voltamos" e você acordava...

- Lembro...- Falei antes que ela terminasse.

Quando eu me mudei pra Nova York... toda noite eu tinha o mesmo sonho... era horrível, me trazia a sensação da dor, e me fazia lembrar o quanto sentir aquilo doía...

Eu acordava no desespero, chorando e com falta de ar... e foi aí que eu entendi... o porque eu bebia tanto.

Quanto mais eu bebia, menos tempo eu passava sóbria... e me "ajudava" a não sonhar com essas coisas... mas eu também não sonhava com nada...

Era sempre um sono, preto e vazio... as vezes eu achava que iria morrer de tanto que eu bebia... eram garrafas por dia. E a dor de cabeça não causava mais incômodo... porque se tornou parte da minha rotina.

Eu preferia estar bebada... do que sonhar e lembrar daquilo que eu fugia...

Como eu nunca fui de ligar pra mim, porque eu achava que talvez... morrer não fosse tão ruim assim... eu não fazia questão de estar bem.

Mas aí a Joy apareceu... e eu não iria suportar fazer ela me ver daquela forma.

Ela olhava com preocupação e me tocava com todo o cuidado do mundo. Como se eu estivesse tão frágil, a ponto de quebrar com o toque, e eu de fato estava...

Flashback ON

NEW YORK/ 03:47

-... Wendy!- Eu conseguia ouvir bem baixo.- Wendy!!