ChristianQuarta-feira. A minha quarta-feira.
Uma quarta-feira de grande potencial, eu diria.
Hoje o senhor Jones Willie está participando de um congresso importante de economia e contabilidade do outro lado da cidade, então me deixou responsável pela aula de hoje do projeto. Não que isso seja algo muito grandioso, iremos apenas falar sobre um artigo e analisar alguns gráficos numéricos idiotas.
Mas o que me deixa muito animado é o fato de que terei mais tempo para analisar Anastásia, mais tempo para jogar ao meu favor.
Já tem alguns dias desde que aceitei aquela aposta idiota dos meus amigos, e até agora não consegui sequer ficar sozinho com Anastásia.
Mas tenho algo ao meu favor: Mia, minha querida irmã mais nova.
Eu ouvi muito bem quando ela disse que gostaria que Ana e eu fôssemos um casal, e além disso, ouvi o que Anastásia disse, ela não negou, ela disfarçou. E isso me revigora.E eu tenho certeza que Mia não disse isso brincando, porque minha irmã não consegue disfarçar o que pensa, principalmente por ficar me falando mais e mais sobre Anastásia a cada vez que surge alguma oportunidade. Claro que eu já tinha percebido.
Pode soar um pouco clichê que eu me aproveite do desejo da minha irmã em relação a isso, mas é o que tenho e não posso desperdiçar uma oportunidade.
Principalmente agora.
Confesso que eu sinto vontade de ficar com ela, Ana é bonita e gostosa. Então não será nada mal para mim investir nisso, no fim de uma forma ou de outra eu só estarei ganhando.
Jogo os papéis dentro da pasta e faço meu caminho para a sala do professor Jones.
***
O debate nos rendeu sessenta minutos de muitos números e anotações. Anastásia não hesitou em dar a sua opinião, mesmo que isso significasse bater de frente com Patrick. Confesso que me senti satisfeito, Patrick é um idiota prepotente do sexto período, gostei de ver alguém chutando o seu traseiro por uma hora. E principalmente alguém períodos abaixo do seu, isso acabou com o ego do idiota. Ele é um filho da puta prepotente então merece isso.
— Tchau, Ana.
— Tchau, Hannah.
Hannah, a garota do quinto período, olha para mim e se despede com um aceno de cabeça educado. Eu retribuo.
E então ficamos só Anastásia e eu na sala, juntos.
Eu enfio alguns papéis na gaveta da mesinha e tranco com a chave.— Você quer uma carona? — Anastásia se assusta com a minha pergunta, porque da um pulinho e coloca as mãos sobre o peito.
Ela se recompõe e levanta o rosto.
— Não, obrigada. Não precisa se incomodar.
Faço o meu caminho até parar na sua frente.
— Eu insisto, estamos indo para o mesmo lugar. Não seria incômodo.
— Tudo bem então. — Anastasia respira fundo, se dando por vencida.
Meus lábios deslizam em um sorriso, e ela percebe. Porque Anastásia franze o cenho, seus olhos azuis analíticos e afiados sobre mim.
Quanto mais rápido ela perceber, mais eu posso jogar.
Jogar de verdade.
Continue assim, baby.
***
O caminho não foi muito rápido, o trânsito congestionado, com Nova York mostrando a sua face completamente caótica.
E uma hora e meia depois eu paro o meu carro em frente a mansão dos Steele's. Anastásia tenta soltar o cinto de segurança.
Uma, duas, três vezes... Sem sucesso.
Eu me estico e sem muitas dificuldades a liberto do cinto. Ela suspira e sussurra um agradecimento tímido. Consigo sentir a sua respiração batendo contra o meu rosto. A distância entre nós é mínima.
Olho para os lábios carnudos e vermelhos. A vontade de afundar os meus lábios nos seus me pinica. Mas logo trato de me recompor, não posso assustar Anastásia e colocar tudo a perder de uma vez. Eu preciso estudar as coisas antes.
Me aproximo mais dela, me esticando para abrir a porta do carro.
— Boa noite, Anastásia. — digo e me afasto para que ela consiga ter algum espaço para sair do carro e fazer o seu caminho.
— Obrigada, Christian. Boa noite. — ela sai do carro e corre para dentro da mansão sem sequer olhar para trás.
Mordo meu lábio inferior, satisfeito.
Quando eu finalmente tiver Anastásia na palma das minhas mãos, eu vou fazer o que eu quiser e onde eu quiser. Vai ser como uma criança com um brinquedo na mão.
Agora quero ganhar essa aposta o mais rápido possível.
{...}
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A APOSTA
FanfictionAté onde um homem consegue ir para conseguir o que quer? Até onde Christian Grey consegue ir por uma aposta? A ambição para não ferir o próprio orgulho, pode ser a maior inimiga de qualquer ser humano, principalmente para os que não conseguem lida...