AnastasiaEu acaricio o rostinho da minha bebê decorando cada mínimo detalhe. A boquinha vermelhinha em formato de coração, o narizinho perfeito, as bochechas gordinhas...
Ela é tão pequenininha.
Tão frágil.
Tão minha.— É um anjinho. — mamãe diz sorrindo.
— Ella, mãe. — olho para a minha mãe. — O nome dela.
— É um nome lindo.
É um nome tão delicado, tão lindo, tão meigo.
E é o nome perfeito para a minha bebê, ela é tão delicada, tão pequena, tão linda...Ella esfrega o rostinho na minha pele e resmunga, a boquinha abre e a minha bebê começa a chorar.
— Ei, amor. — seguro a sua mãozinha, imediatamente ficando angustiada com o choro da minha bebê. — Mãe... — olho pra minha mãe pedindo ajuda.
— Calma, só está na hora de amamentar o seu anjinho.
A minha mãe se aproxima e me ajuda a abrir a roupa do hospital.
A Ella demora um pouco para entender o que tem que fazer, mas quando ela enfim entende, dói.
Mordo o meu lábio inferior.— É normal sentir incômodo, mas não vai demorar para vocês se entenderem, é tudo questão de tempo e costume.
Enquanto amamento a minha filha fico admirando o seu rostinho, sentindo a pele quentinha, segurando a mãozinha frágil.
Eu acho que nunca vou me cansar de ficar admirando ela.Eu estou encantada.
Meu amor. Uma parte minha.
O meu coração fora do peito.
***
O meu pai está com a Ella no colo, babando na minha menina.
— Como você está se sentindo, querida? — a Grace pergunta em um tom maternal.
— Estou bem, Grace. Obrigada. — ela sorri.
— São pra você, Ana. — Carrick está segurando um buquê de orquídeas.
— É algo simbólico para agradecer por esse presente lindo. — a Grace diz olhando para a minha bebê.
A minha mãe pega as flores e coloca na mesinha ao lado da cama.
— Gostaríamos de falar sobre o registro da nossa neta, já conversamos com os nossos advogados. — o Carrick diz, eu franzo o cenho.
— Como assim registro? — o meu pai que até então estava calado se manifesta. — A minha neta já vai ser registrada com o sobrenome Steele.
— Raymond, eu acho que não estamos nos entendendo. Não há cabimento, an Ella também é nossa neta, é uma Grey e deve ser reconhecida como tal.
O meu pai entrega a Ella para a minha mãe, e enfia as mãos nos bolsos, se aproximando.
Ele já está ficando claramente exaltado.
— Eu acho que é você que não está entendendo as coisas, Carrick. A minha neta não vai ser reconhecida como uma Grey, esse seria o caso a menos que o seu filho fosse homem o suficiente, e isso não aconteceu.
— Isso não é o justo. Não é o certo. A Ella é uma Grey e deve ter o nosso sobrenome. É um direito nosso, a nossa neta tem que carregar o nosso sobrenome. — o Carrick diz exaltado.
— A minha neta não vai ser reconhecida como filha de um moleque sem escrúpulos, nem que pra isso eu tenha que contratar os melhores advogados desse país. — o meu pai levanta o tom de voz duas oitavas acima.
Os dois iniciam uma discussão elevando ainda mais o tom de voz.
A Ella resmunga no colo da minha mãe, chorando em seguida.
Mamãe se aproxima e me entrega a minha bebê, acaricio o seu rostinho, embalando a minha bebê no meu colo. Aos poucos a Ella vai se acalmando e volta a dormir.
— Ei, vamos nos acalmar por favor? — a Grace se manifesta. — Temos uma recém nascida no ambiente! E sobre o registro da Ella, é algo que cabe a Anastasia. Ela é a mãe, ela deve decidir.
A minha mãe acaricia os meus cabelos e põe a mão no meu ombro, como sinal de apoio.
— O que você decide, Ana? — mamãe pergunta.
Olhos curiosos pairam em mim.
— Eu não quero o nome do Christian atrelado a minha filha. Eu não quero que a Ella tenha o sobrenome dele. — eu olho para a Grace e para o Carrick. — Desculpa, mas a minha resposta é não. A minha filha vai ser uma Steele.
O Carrick parece não gostar. O rosto ficando uma máscara. Ele esfrega o rosto.
— Tudo bem. A sua vontade vai ser respeitada, claro. Mas nós queremos participar da vida da Ella de qualquer forma.
— Claro.
O meu pai e o Carrick resolveram a pequena diferença com uma rápida conversa.
Eu entendo a Grace e o Carrick, a Ella também é neta deles, mas eu não quero que a minha filha tenha o mesmo sobrenome do Christian. Eu não quero.
***
— Ela é absurdamente linda. — o Ethan diz. — Igual a mãe. — o meu irmão beija a minha testa.
A Kate está segurando a Ella.
— Ela é linda mesmo, parabéns Ana. — o Elliot diz.
— Claro que é linda, é minha sobrinha, não poderia ser diferente. Puxou a tia. — a Mia diz toda convencida.
Kate ri alto.
— Mia, só se for o branco do olho. — Elliot diz provocando a irmã.
Mia revira os olhos inconformada.
— A minha afilhada é a coisinha mais perfeita, amiga.
Sorrio.
Eles ficam no quarto por mais algum tempo, até que a Ella começa a chorar com fome. Então todos saem para nos dar privacidade.
Amamento a Ella mais uma vez e a coloco para arrotar como a minha mãe me ensinou.
Apesar de ainda estar me sentindo estranha, estou me sentindo de uma forma que nunca me senti antes. Parece que agora estou completa, realizada.
— Amor meu, a coisinha mais preciosa da minha vida. — beijo o rostinho da minha bebê linda.
Ela resmunga no meu colo esfregando o rostinho na minha pele. Seguro a sua mãozinha.
Tão pequenininha...
{...}
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A APOSTA
FanfictionAté onde um homem consegue ir para conseguir o que quer? Até onde Christian Grey consegue ir por uma aposta? A ambição para não ferir o próprio orgulho, pode ser a maior inimiga de qualquer ser humano, principalmente para os que não conseguem lida...