ChristianEstaciono o carro e faço meu caminho para dentro de casa. Mia foi para a casa da Kate, então voltei para casa sozinho, o que foi muito bom, porque pude levar Anastásia em casa, então acabamos ficando sozinhos por mais tempo.
Do jeito que eu queria.
Meus lábios deslizam em um sorriso. Hoje tudo saiu do jeito que eu planejava, as coisas estão indo bem, muito bem. Se tudo continuar saindo desse jeito logo posso me considerar vencedor.
— Isso são horas de chegar em casa, Christian? — eu olho para o meu pai, de braços cruzados e sentado no sofá da sala principal.
Dou de ombros.
— Eu estou falando com você! — ele diz quando eu viro as costas para ir para o meu quarto.
— O que você quer que eu diga? — me viro pra ele. — Eu fui me divertir um pouco, só isso.
— Se divertir. — ele ri. — Você pensa que eu sou idiota? Você foi encher a cara e sair com alguma dessas aí que você costuma sair.
Reviro os olhos.
— Eu tenho o direito de tirar um tempo pra mim.
— Porra nenhuma! Você sabe muito bem no que esse tipo de diversão pode resultar! Não estou brincando, Christian! Você já tem vinte e três anos, está na hora de se comportar como um homem de verdade, e não como um moleque!
— Eu sou jovem e quero me divertir! Já sou maior de idade e você não manda em mim!
— Você acha mesmo que tem condições de querer passar por cima das minhas ordens?
Eu sei muito bem o que eu estou fazendo, e ele não tem o direito de querer me controlar agora.
— Você é a porra de um moleque inconsequente!
— Carrick, se acalme. — minha mãe intervém. — Já está tarde, vocês podem continuar essa conversa amanhã, mas acho que o Christian já entendeu o seu ponto, querido. — minha mãe se aproxima dele e acaricia os seus ombros.
Meu pai da uma risadinha irônica e se levanta marchando para fora da sala.
Esfrego o rosto. Minha cabeça explodindo.
— Você precisa aprender a se controlar melhor e a não responder o seu pai, Christian.
— Então ele tem que me respeitar antes. Eu não sou um moleque, já posso me cuidar sozinho.
É incrível como meu pai nunca está satisfeito com nada que eu faço, não que isso me importe, na verdade na maior parte do tempo eu quero que ele e que essas opiniões de merda se fodam. Nossos atritos não são de hoje, meu pai ainda não superou que eu não entrei na faculdade aos dezoito anos, ele não superou que eu não faço o que ele quer a hora que ele quer, como o Elliot faz há alguns anos, meu irmão faz a maior parte das coisas que o Carrick manda.
O meu pai quer me tornar um fraco que segue o que ele manda.— Christian, você sabe que o seu pai e eu só queremos o melhor para você. Somos os seus pais. Você sabe que não pode continuar agindo como um moleque, você precisa agir como um homem de verdade. Você precisa seguir as suas responsabilidades.
Reviro os olhos.
— Eu sei o que eu devo ou não fazer, mãe. Não preciso que ninguém fique me lembrando disso. Eu sei cuidar muito bem da minha vida.
Dou as costas para minha mãe e subo para o meu quarto.
Eu sei que não estou errado. Eles querem que eu faça tudo no tempo deles e para eles.
Me jogo na cama.
Eu não sou um moleque imaturo, só gosto de aproveitar a vida, gosto de ir a festas e me divertir, gosto de sair para beber acompanhado de mulheres bonitas. Eu sou jovem e devo aproveitar bem a minha vida. Não quero só me enfiar em um escritório e ter a porra de uma vida monótona aos vinte e três anos de idade. Eu quero aproveitar mais a minha vida com o que há de melhor.
Quero e vou.
***
O senhor Jones fala por mais de quarenta minutos sem dar nenhum tipo de descanso.
Eu observo Anastásia durante boa parte do tempo, ela por outro lado não se da conta. Meu cérebro trabalhando como um louco, frenético para achar um jeito de acelerar ainda mais as coisas.
— Então, eu preciso que vocês analisem os dois artigos e façam um resumo baseado na norma que eu já disponibilizei por e-mail. Preciso desses trabalhos prontos em no máximo uma semana. — Willie diz de forma pontual.
Como nos meus tempos ele ainda gosta de foder com os alunos quando é sobre tempo e exigências.
— Saibam que esse é um dos trabalhos que irá compor a média final da disciplina de eletiva de vocês. — o professor Jones joga mais informações sobre os alunos e sai da sala.
Então, eu sinto um estalo.
É isso.
É isso, porra.
Eu pedi uma oportunidade ao universo e aqui está ela.
Uma oportunidade e tanto, eu diria.
Então devo agarrar isso como se fosse a minha grande e única oportunidade.
Porque talvez seja.
E vai ser com essa oportunidade que eu vou ganhar essa aposta de uma vez por todas.
{...}
Espero que tenham gostado!
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A APOSTA
FanfictionAté onde um homem consegue ir para conseguir o que quer? Até onde Christian Grey consegue ir por uma aposta? A ambição para não ferir o próprio orgulho, pode ser a maior inimiga de qualquer ser humano, principalmente para os que não conseguem lida...