AnastásiaEu prendo os cabelos e faço o meu caminho para a sala.
Hoje eu estou mais ansiosa do que de costume, a minha mãe me deu uma semana para criar coragem e contar ao meu pai sobre tudo. E esse prazo termina exatamente hoje.
Me sento no sofá e esfrego o rosto.
Eu não sei o que fazer agora.
Eu só queria sumir, eu não consigo mais ser eu mesma, eu só penso sobre essa gravidez e sobre o quanto eu não quero esse bebê.
Eu quero voltar a minha vida de antes e esquecer tudo isso. Mas esses enjoos e essa ansiedade não me deixam esquecer tudo.Eu não queria ser mãe agora, eu não quero ser mãe agora. Não me sinto pronta, eu sou jovem demais, inexperiente demais.
— Tudo bem? — levanto o rosto quando ouço a voz da Eva.
— Oi, Eva.
Eva se senta no sofá a minha frente. Ela sorri e demora um tempo até começar a falar.
— Você sabe que desde sempre eu te ajudo a limpar o seu quarto, a organizar as suas roupas... E ontem, eu fiz tudo como sempre, mas... — Eva enfia a mão no bolso. — Eu encontrei isso nas suas coisas. — é um dos meus testes de gravidez.
Eu escondi na minha gaveta, por medo de jogar fora e o meu pai ou o meu irmão acabarem encontrando de alguma forma.Abaixo a cabeça.
— Você está grávida, querida?
Concordo sem olhar pra ela.
Eva se levanta e senta ao meu lado.
— Ana. — Eva segura o meu queixo e me faz olhar nos seus olhos. — Você é como uma filha pra mim, a filha que eu não pude ter, você sabe disso, não sabe?
Concordo.
— Eu te vi nascer, te vi crescer, se tornar uma mulher. Pode contar com o meu apoio, querida.
— Estou com medo, Eva.
— E o pai do bebê?
Eu viro o rosto, chorando.
— É o Christian. — sussurro.
Eu não preciso olhar para a Eva para ter certeza de que ela está de olhos arregalados.
— Ana... Eu não sabia que vocês estavam namorando.
— Nós não estávamos. Ele me enganou. — Dói só de lembrar.
— Eu sinto muito, querida.
— Vou contar pro meu pai hoje.
— Vai ficar tudo bem, Ana. Uma gravidez não planejada não é o fim do mundo. — Eva sorri de forma terna.
Mas isso é mais do que só uma gravidez não planejada. É um filho do Christian. E eu não quero essa gravidez. Não quero esse bebê.
***
Os meus pais estão na sala, a minha mãe logo percebe o que vai acontecer quando eu entro na sala. Ela se endireita ao lado do meu pai, ela beija o ombro dele, e acaricia o seu braço.
— Tudo bem, querida? — meu pai tira os óculos de leitura e deixa o livro de lado.
— Pai, eu preciso falar com você. — a tensão é palpável na minha voz.
Meu pai cruza os braços e olha atentamente para mim, curioso.
A minha mãe coloca uma das mãos sobre o ombro dele.
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A APOSTA
FanfictionAté onde um homem consegue ir para conseguir o que quer? Até onde Christian Grey consegue ir por uma aposta? A ambição para não ferir o próprio orgulho, pode ser a maior inimiga de qualquer ser humano, principalmente para os que não conseguem lida...