Capítulo 33

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Christian

    O meu pai e o meu irmão estão falando sobre algum assunto chato envolvendo a empresa.

Eles não deixam o trabalho de lado nem na hora do jantar...

Eu gosto disso também, mas porra, eles simplesmente não param, nem por um segundo.

É cansativo pra caralho.

— Espero que muito em breve você comece a trabalhar na empresa, Christian.

— Carry... — a minha mãe tenta intervir, ela sabe exatamente que rumo desagradável essa conversa tomará.

Sempre a mesma coisa.

— Não, Grace. Já passou da hora, eu já esperei demais.

Um estrondo seguido de uma voz alterada interrompe o meu pai.

— Cadê aquele desgraçado?! — o meu pai vira o rosto e eu acompanho o olhar.

Raymond Steele está vermelho e pelo seu rosto está furioso.

O segurança tenta segura-lo, mas é em vão...

— Esse infeliz acabou com a vida da minha filha!

Puta que pariu! Ele descobriu sobre a aposta?

Anastasia deve ter contado, porra!

Puta merda.

Era tudo que eu precisava que não acontecesse agora!

Na verdade isso nunca deveria ter acontecido.

Eu sabia que não podia confiar, uma hora ou outra ela iria abrir a boca e contar tudo para o Raymond. Ela está com raiva de mim, óbvio que contaria para o pai.

Estou fodido.

— Raymond, o que aconteceu? O que o Christian fez? — meu pai olha pra mim, os seus olhos queimando.

— Esse desgraçado engravidou a minha filha! — ele grita, e antes que o meu cérebro comece a trabalhar para digerir a informação completa sinto o impacto do soco de Raymond.

Puta que pariu!

— O que? — eu escuto o grito do meu pai.

Seguro o meu nariz.

Porra, porra, porra.

Grávida?

Anastasia está grávida?
Anastasia Steele está grávida?!

Isso só pode ser algum tipo de piada sem graça. Não tem chances de algo assim ter acontecido.

Raymond tenta partir para cima de mim novamente, mas o Ethan o contém.

A minha mãe entra no meio.

— Calma, nós precisamos conversar e resolver essa situação da melhor forma possível.

— Eu não quero conversar, eu quero matar esse desgraçado que acabou com a vida da minha filha!

— Raymond, vamos conversar. — o meu pai diz. Ele olha pra mim sério. — Vamos pro meu escritório. Você também, Christian. — eu abro a boca para falar, mas ele me interrompe. — Agora, porra.

Sigo o meu pai.

Eu tenho certeza que estou fodido.

Mas que porra Anastasia!

— Carrick, eu te avisei que não queria que esse moleque chegasse perto da minha filha! Você prometeu, porra!

— Raymond, vamos conversar com calma.

— Calma? Olha a porra que aconteceu! Esse infeliz teve a audácia de se envolver e ainda engravidar a minha filha! Eu vou processar esse babaca por ter se aproveitado da minha filha.

— Pai, calma. — Ethan diz.

— Foi por ter calma que esse moleque se envolveu e desonrou a sua irmã!

— Raymond, nós vamos resolver a situação da melhor maneira. — o meu pai esfrega o rosto. — Nós vamos conseguir contornar isso. O Christian vai assumir a criança e...

— Não. — os três olham para mim. — Eu não quero isso.

Eu sou jovem demais para ser pai, eu ainda tenho muito o que viver. Eu não quero um filho, na minha vida não tem espaço pra isso.

— Eu não quero ser pai.

— Seu filho da puta! Você vai pagar por isso! — Raymond tenta avançar em mim, mas Ethan o contém.

— Eu não vou! Vocês não podem me obrigar a fazer o que eu não quero! — eu digo firme.

— Christian, volta aqui porra! — meu pai grita quando dou as costas saindo do escritório.

A minha mãe está em pé na sala, de braços cruzados. Ela e a minha irmã olham pra mim.

Eu passo por elas e corro para o meu quarto. Fecho a porta e entro no meu banheiro. Lavo o meu rosto. Quando saio do banheiro encontro Elliot sentado.

— Christian, o que você fez?

— O que eu fiz? Eu não fiz porra nenhuma.

— Você engravidou an Anastasia, porra!

— Elliot, eu não sou idiota, não tinha chance disso acontecer, eu sempre uso camisinha. — E eu tenho certeza que eu usei em todas as vezes que transamos. Quer dizer, quase certeza...

Ok, nós transamos algumas vezes sem proteção.
Mas que culpa eu tenho?
Eu sou homem, não tenho que ficar pensando nessas coisas, quem deveria ter pensado em como evitar uma gravidez era ela. A culpa não é minha.
E que tipo de homem eu seria se ficasse pensando nesse tipo de coisa?
Ela que deveria se preocupar com coisas assim.

— Eu posso não ter usado camisinha algumas vezes, mas foda-se, eu não quero e não vou ser pai.

— Então você admite que transou sem proteção e não vai assumir a criança? Você só vai fingir que não existe a gravidez? Christian, porra!

— Se a Kate engravidasse agora, você aceitaria parar com a sua vida?!

— Claro, porra! Claro que eu apoiaria a Kate nesse momento, mesmo que nós não estivéssemos mais juntos, e você deveria fazer o mesmo! Você sabe que ela não fez essa criança sozinha! Nós dois sabemos o que está por trás dessa história, você enganou aquela garota. Você está sendo muito filho da puta quando age assim.

Que se foda.

— Eu não me importo com o que você pensa. Eu não quero e não vou ser pai!

— Você ainda vai se arrepender disso, Christian. Sério. Conselho de irmão mais velho.

Eu vou me arrepender de querer seguir com a minha vida em paz?
Eu não quero mais esse problema. Eu só quero terminar a porra da minha faculdade logo e seguir com a minha vida, curtindo por aí e saindo para onde eu quero e com eu quero. Eu não quero um filho para me prender e atrapalhar a minha vida.

Eu não quero isso.













{...}

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