Capítulo 16

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Anastásia

  — Que tal se tivermos o dia das meninas na sexta-feira? — minha mãe pergunta, empolgação brilhando nos seus olhos cor de avelã.

Sexta-feira eu não tenho aula na faculdade, tenho somente a reunião do projeto, então chego mais cedo em casa, mas já tenho planos para sexta à noite...

— Mãe, vou sair com as meninas. Vai ter uma festa na casa de um colega da faculdade...

— Hmm, vai trocar a sua mãe por uma festa? — mamãe faz um biquinho. — Mas você está certa, querida. Você é jovem e precisa sair mesmo, beber um pouco, e beijar muito na boca.

— Mãe! — coloco as mãos no rosto.

Deus!

Que vergonha!

— Quando eu tinha a sua idade, antes de conhecer o seu pai, claro, vivi altas aventuras. — minha mãe diz rindo. — Eu ia a tantas festas, filha, se você soubesse. E quem vai com você?

— A Kate e a Mia.

E o Christian, claro. Mas a minha mãe não precisa saber disso, pelo menos não agora.

Ainda está muito cedo, eu prefiro esperar mais um pouco antes de contar pra ela.

— E quem mais?

— Mais ninguém. — eu mexo em uma mecha qualquer do meu cabelo.

— Filha, eu carreguei você por nove meses, você saiu de dentro de mim, eu te conheço há vinte anos, e sei muito bem quando você está mentindo ou omitindo algo. Esses olhos lindos denunciam a sua mentira. — ela olha no fundo dos meus olhos. — Me fala a verdade. Você está saindo com alguém, não está?

— Tudo bem... Nós estamos nos conhecendo...

— Eu conheço?

— Não... — respondo rápido.

— Hmm, então quer dizer que eu não conheço o filho da minha amiga?

Ela sabe.

Arregalo os olhos.

— Você não precisa mentir pra mim, eu sei que você está saindo com o Christian, e eu não sou o seu pai.

Mãe... como?

— Como eu descobri? — concordo. — Vi o carro do Christian estacionado aqui por vários dias seguidos, e sem contar que eu percebi como você ficou quando viu seu pai falar aquilo. Eu te conheço muito bem, querida.

— Ele nunca vai aceitar, né? — pergunto, meu coração pesado e a garganta seca só de pensar na possibilidade.

Eu jamais quero decepcionar o meu pai, e sei que apresentar o Christian como o meu namorado seria uma maneira de decepciona-ló, e me dói só de pensar. Mas ao mesmo tempo eu quero tanto o Christian...

— Você sabe como o seu pai é, meu amor. Ele as vezes diz as coisas da boca pra fora. — minha mãe brinca com uma mecha do meu cabelo. — Mas se cuida, querida. Cuida desse coração. Nós duas sabemos a fama que o Christian tem por aí, não quero que você saia machucada dessa história toda. Lembre-se que você precisa pensar em si mesma antes de tudo. — concordo.

— Eu sei, eu vou me cuidar, prometo. — sorrio. —Mas eu estou tão feliz, mãe.

— Então eu também estou feliz, porque a sua felicidade é a minha felicidade. — mamãe beija a minha bochecha. — Você e o Ethan sempre vão ser os meus bebêzinhos lindos que eu amo tanto.

***

Eu visto um vestido, apertado na cintura e com um decote discreto. Eu opto por uma sandália simples e básica, sem saltos por hoje.

Termino de aplicar o gloss labial e ajeito a minha franja, meu cabelo solto e com algumas ondas de cachos feitos por babyliss.

Agarro a minha bolsa e faço o meu caminho para fora do meu quarto.

— Ana. — olho para trás e vejo minha mãe em pé diante da porta do seu quarto. — Vê se não chega muito tarde. Se cuida, amor. — concordo e corro para dar um beijo na sua bochecha.

Christian já está me esperando. Eu corro para o carro.

— Você está linda. — eu coro com o elogio. Christian me puxa para um beijo.

— Ei, ei! Eu estou aqui e não vou ficar servindo de vela para vocês, nem pensar. — Mia se enfia no nosso meio.

Christian revira os olhos e se ajeita no banco do motorista.

— Agora vamos logo porque a noite promete!

***

Christian me entrega um copo de tequila.

— Você é fraca para bebida?

— Um pouco, não estou acostumada.

— Tudo bem, eu cuido de você então. — ele diz sorrindo e pressiona os lábios nos meus. — Vem, vou te mostrar um lugar.

Christian segura na minha mais me puxando para um lugar mais reservado.

— Christian. — Christian me empurra contra a parede e aperta a minha cintura. — É isso que você queria me mostrar? — pergunto dando uma risadinha.

— Quero ficar sozinho com você, só isso. — Christian segura o meu queixo levando os meus lábios de encontro aos seus.

Christian esfrega os lábios nos meus e enfia a língua na minha boca. Um beijo louco. Christian aperta a minha cintura com mais força. Enfio as mãos nos seus cabelos.

Não demora até que eu perceba o quanto ele está animado.

A mão de Christian desce mais e ele aperta a minha bunda, a sua excitação diretamente na minha barriga.

— Vamos para o meu apartamento? — Christian sussurra mordendo o lóbulo da minha orelha. Solto um baixo gemido pelo arrepio que a sua voz me causa.

Não é a primeira vez que ele faz o convite.

E não vai ser a primeira vez que eu vou negar.

— Não, eu acho melhor não, Chris... — digo relutante. Minha voz vacilando porque os lábios de Christian estão no meu pescoço.

Christian se afasta e mantém as mãos somente na minha cintura.

— Tudo bem.

***

Quando Christian para o carro em frente a minha casa são pouco mais das onze e meia da noite. Decidi que não gostaria de ficar até tarde na festa e as coisas entre nós estavam passando um pouco da linha do limite que eu tinha estabelecido para mim mesma.

— Te vejo na segunda, baby.

— Tchau, Christian. — beijo os seus lábios e saio do carro.

Aceno uma última vez e entro.

Hoje o dia foi louco.


{...}








Até o próximo!

❤️

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