Capítulo 53

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Anastasia

Dou um beijo na bochecha da minha filha quando termino de pentear os seus cabelos.

— Agora a minha princesinha está linda e cheirosinha.

Hoje a Ella completou um mês que está na escolinha nova. Ela chegou toda animada, mas muito suada também, brincou muito com as outras crianças.
A minha filha não estranhou nada, muito pelo contrário. Ela sempre esteve muito animada com a ideia de ir para uma nova escolinha, desde o primeiro dia.

Apago a luz e cubro a Ella. A minha filha agarra o ursinho de pelúcia.

— Boa noite, minha vida.

— Noite mamãe.

Fico acariciando os seus cabelos até ela dormir. Como ela brincou muito e está cansadinha, não demora para dormir.

Faço o meu caminho até o escritório.

— Pai?

— Entra, entra.

Entro e me sento.

— Tenho uma surpresa para você, Annie.

— Surpresa?

— Sim, em breve vamos em um lugar que eu tenho certeza que você vai gostar. É para você e para a Ella, é um presente. Mas eu te chamei aqui para outra coisa. — ele assume uma postura mais séria. — O Carrick me convidou para um jantar amanhã, em sua casa. Parece que Roger Lincoln quer fechar negócio com a nossa empresa. E como é importante vamos fazer um jantar particular. Quero que você me acompanhe amanhã.

— Nossa, não sei nem o que dizer pai. — sorrio.

Parece ser realmente importante.

— Claro que sim!

***

— Hmm, tão linda.

Sorrio.

O jantar vai ser importante, então eu quero estar à altura.

— Esses brincos valorizam os seus olhos. — mamãe diz vendo eu colocar o brinco de brilhantes.

É pequeno e delicado, acho que combina com a ocasião.

— Você acha que está bom?

Eu estou usando um vestido preto que vai até a altura dos joelhos. E as joias trazem um ar mais sofisticado. O colar e os brincos de brilhantes caíram muito bem.

— Você está linda, Ana. — mamãe diz mexendo nos meus meus cabelos. Decidi deixá-los soltos hoje. — E pode deixar que vou cuidar muito bem da minha neta, pode ir despreocupada.

Suspiro.

Eu estava um pouco nervosa de sair e deixar a Ella, a minha menina acordou um pouquinho manhosa hoje, devido a um resfriadinho chato.

— Eu sei, mãe, mas...

Eu não consigo ficar tranquila.

— Ana, você precisa parar de se auto sabotar. A Ella vai ficar bem, é normal que crianças da idade dela fiquem doentes. Vai ficar tudo bem, filha. E outra, eu sei muito bem o que você está pensando. Você vai a esse jantar a trabalho.

— Eu sei que é a trabalho, mas... — respiro fundo.

— Ana, vem aqui. — a minha mãe me puxa para sentar. — Você é uma ótima mãe, nunca duvide disso. A Ella vai ficar muito bem, filha. Eu já dei um remedinho. Vai ficar tudo bem. Agora vamos.

A minha mãe tem razão. A Ella vai ficar bem.

Nós duas descemos juntas.

— Olha aí, já está até brincando! — mamãe diz.

A Ella está brincando com as suas pecinhas.

— Está sem febre nenhuma, Ana. É só um resfriadinho mesmo. — a Eva diz sorrindo. — Nossa, você está linda, Aninha.

— Obrigada, Eva. — sorrio.

— Mamãe. — a Ella corre até mim pedindo colo. Eu a pego e beijo a sua bochecha. — Mamãe me leva, eu quero ir.

— Lembra que a mamãe disse que vai trabalhar, amor? — ela concorda.

— Mas eu quero ir também, mamãe.

— Eu vou trabalhar, meu amor, então hoje a mamãe não pode te levar.

Ella deita a cabecinha no meu ombro.

Ela está fazendo manha, mas eu entendo. Ela é totalmente grudada em mim, principalmente na hora de dormir. E como eu não tenho o hábito de sair a noite, a Ella não está acostumada.

— Vai tranquila, Ana. Eu cuido da nossa princesinha. Vem comigo, amor da vovó. A sua mãe vai sair, mas ela não vai demorar, princesa.

— Eu prometo que não vou demorar, minha vida. — Ella levanta a cabeça e se joga nos braços da minha mãe.

— Vai tranquila, filha.

— Vamos, Annie.

***

— Boa noite. Raymond. — o Carrick e o meu pai apertam as mãos. — Anastasia, querida.

Depois que a Ella nasceu a relação entre as nossas famílias ficou ainda mais sólida.

— E a Ella?

— Ficou com a minha mãe e com a Eva.

— Grace, está pensando em organizar um jantar.

— Acho uma ótima ideia. — o meu pai diz. — Estamos precisando de um tempo juntos mesmo.

A campainha toca.

— Devem ser os convidados. Lincoln disse que traria alguém, deve ser um de seus acionistas.

A governanta vai até a porta principal. Duas vozes masculinas a cumprimentam.

— Boa noite. Carrick, Raymond. — uma voz mais madura, Roger Lincoln eu imagino.

Eu me levanto e abro um sorriso, pronta para cumprimentar os convidados... Mas quando me viro eu não consigo respirar. É como levar um soco no estômago.
E eu tenho vontade de vomitar.
O meu coração batendo tão forte que eu consigo ouvir.

Só pode ser imaginação.

Deus!

— Boa noite.

Ele.

É ele.

Exatamente ele.

Bem na minha frente.

O Christian.

Christian Grey.




























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