Juan Carlos Hernandez
Dias depois.
A semana passou muito rápido e quando vi já era sexta. Depois que o cirurgião Martins voltou das férias, ele queria assumir todas as cirurgias fora que ele era um arrogante que quase me tira do sério, estou quase ficando louco com aquele cara.
Tive que levar para o hospital os papéis do cartório o que para os meus chefes era uma carta maravilhosa para me darem plantões já que para eles eu sou casado o que não é nem de longe a verdade.
Depois da cirurgia que foi um sucesso tive que ficar de plantão está noite, então ligue para o Colégio e depois para a Rosa e falando nela a mesma já está quase namorando com aquele cara, pelo menos eu acho já que ele sempre convida ela para sair, e não estou muito confortável com isso, mas fazer o que tenho aceitar, afinal de contas a nossa união estável nada mais é que um papel, um papel que o meu advogado vai saber usar para consegui a adoção legal para a minha filha, eu quero fazer tudo certo, mesmo já tendo feito muita merda, e usando de mentira e mais mentiras.
Estava no meu consultório a noite estava bem tranquila, até uma paciente que tinha a mesma idade da minha filha chegar ela está com todos os sintomas de apendicite, a mãe estava despertada porque o plano não estava passando, e o Doutor Martins não aceitou atender antes da carteirinha passar, então me intromete e resolve fazer a cirurgia pós não ia deixa a criança morrer simplesmente por falta de dinheiro, fui para o centro cirúrgico e o apêndice já estava quase sufocando, mas graças a Deus a cirurgia ocorreu sem grandes problemas.
Fui conversar com a família da criança.
— Ela vai ficar bem? — uma mulher mais nova do que eu falou desesperada.
— Ocorreu tudo bem na cirurgia, ela está estável, mas vamos deixar ela em observação, você não precisa se preocupar, a cirurgia foi um sucesso.
— Obrigada, Doutor, mas nem sei como vou lhe pagar por tudo isso, o meu ex marido não pagou o plano dela eu não sabia — ela estava muito aflita, eu estava com roupas simples.
Realmente era uma mulher jovem um pouco mais velha que a Rosa a convidei para conversar no meu consultório, ela está com as roupas tão gasta, bem diferente dos pacientes que vem aqui, e até da filha que estava muito bem vestida e não tinha como não notar a diferença dela para as demais pessoas, afinal este é um dos hospitais mais cara do país.
— Doutor eu nem sei quanto é, mas eu não posso paga, se o senhor pode passelar eu prometo que te pago tudo, meu marido foi embora e me deixou com os nosso cinco filhos, ele não deixava eu trabalhar viva falando que mulher tinha que ficar em casa cuidando dos filhos e do marido, e agora ele me trocou pela secretaria bloqueou todos os meus cartões eu realmente não sei o que fazer mais eu só sei cuida da casa e dos meus filhos eu me casei muito nova nem terminei o ensino médio, na verdade nem comecei eu me casei com 14 anos — ela falou se acabando de chorar.
— Se calma senhora Marina, vamos resolver certo.. — Peguei um pacote de lenço e dei para ela.
Nem imagino pelo que ela está passando criar uma filha sozinho já foi difícil mesmo eu tendo dinheiro imagina criar e cuida de cinco filhos sem emprego.
— Eu faço qualquer coisa pelos meus filhos e eu vou te pagar, você foi tão bom fazendo a cirurgia da minha menina.
— Não se preocupe eu vou arca com tudo, eu estou fazendo de coração...
— Doutor eu não posso aceitar, se você quiser eu posso vim limpar o hospital todos os dias para pagar — Ela falou me surpreendendo e não queria ofende-la, só ajudar.
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Minha gotinha de amor
RomanceRosa perdeu seus pais na adolescência, em um trágico acidente do qual foi a única sobrevivente. Além da dor de perder os pais, ela também perdeu uma perna e seus sonhos. Foi obrigada a morar com sua avó materna, que sempre deixou claro que a odeia...