Capítulo 7

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Juan Carlos

Eu sei que eu deveria ter deixado a Rosa falar a verdade, depois pode ser ainda pior afinal são a família dela. Mas não me pareceu certo, o que é meio louco afinal a verdade tem que ser o correto, mas não tem com dizer a verdade que pode tirar a felicidade da minha filha, ela estava tão feliz com os "avós".

Fiquei observando a Rosa, notei que ela ficou meio sem graça quando me mostrou a prótese, e eu estou preocupado com ela, ela machucada e se esforçando muito, pegou até a minha filha no colo, ela com certeza é uma pessoa única o jeito dela é tão doce.

Eu fiquei meio curioso para saber a história toda, entender como ela perdeu a perna porque ela tem está sobra no olhar, porque ficou longe da família por tantos anos que puderam deduzir que ela tem uma filha de quase seis anos, mas não podia ser tão intrometido, a única coisa que eu poderia ter certeza é que aquela mulher é maravilhosa, e muito forte.

— Rosa, vamos embora, eu preciso ir no mercado. — falei para ela.

— Certo, tem problema eu ir com vocês? preciso comprar algumas coisas lá em casa não tem nada, hoje tive que comer na padaria — ela perguntou meio sem graça.

— Claro no final nós meio que íamos pegar o mesmo táxi e discutir  um pouquinho — falei e ela sorriu, ela tem o sorriso mais lindo que já vi.

— Seria bem capaz — ela falou rindo.

— Nina, meu amorzinho, nós já vamos — falei chamando a minha filha, que já veio com os braços cruzados e com a cara fechada.

— Eu não quero papai — ela falou fazendo bico.

— Mas meu anjinho nós precisamos ir no mercado — a Rosa falou puxando ela para o colo. — a Nina a abraçou.

— Mamãe você vai também? — a Nina perguntou toda manhosa fazendo carinho no rosto da Rosa.

— Sim, vamos os três — a Rosa falou e a minha pequena abriu um sorriso lindo.

— Vocês já vão, nos mal conversamos — o senhorzinho falou, ele ficou triste estava nítido isso.

— Você promete que vai vim nos ver antes de ir embora? — a avó dela pediu com um olhar triste.

— Mamãe você vai embora para onde? — a Nina perguntou para Rosa assustada.

Eu só queria por um minuto que tudo fosse verdade, com certeza a minha filha seria muito mais feliz, mas eu preciso focar na realidade e ajudar ela a lembra que a Rosa é apenas a nossa vizinha.

— Eu não vou para lugar nenhum meu anjinho, e eu não vou volta, bom eu pretendo ir visitar minhas irmãs, mas morar lá não — a Rosa falou e os dois senhores sorriram.

— Que bom saber que você voltou, para ficar, e sempre que poder seria muito bom vê-la novamente... — o avô dela falou meio sem jeito.

— Claro que eu venho, eu nunca esquece de vocês, mas eu preciso ir para casa...

— Vocês vieram quando? — a avó dela perguntou.

— Ontem de noite vovó, né mamãe — a Nina falou e vejo os olhos da Nina se acenderem ao chamar a Rosa de mãe, e vejo um brilho nós olhos da Rosa, a sobra que ela carrega no olha some toda vez que a Nina chama ela de mãe.

— Sim, meu anjinho, chegamos basicamente em casa hoje, já era mais de meia noite, e eu estou muito cansada hoje ainda não parei, mas vovó e vovô eu prometo vim mais vezes, agora eu já vou porque não quero demorar muito para chegar em casa, e ainda vamos para o mercado comprar comida — falei e ele me abraçaram.

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