Beep.

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"Obrigada pela madrugada, querida. Espero que possamos e não possamos fazer mais vezes" enviada por García às 10:30AM.

"Não compreendi" Genevive foi sincera por meio de sua mensagem, havia lhe deixado intrigada.

"Amo e odeio ainda querer você. Tenha um bom dia" enviada por García como resposta e isso fez a psicóloga rir alto de dentro da sua sala.

"Parece que temos alguém aqui que está ficando caidinha por mim, será que preciso dizer quem é?" foi atrevida em sua resposta, sabendo que iria cutucar o ego da outra mulher.

"Se toca, amor. Para conquistar meu coração é preciso de muito, muito mais" enviada por García em pura revolta 10:32AM.

"Garanto que tenho todos os artefatos necessários. Mais uma vez repito, cuidado" convencida, Gen enviou as 10:36AM.

"Esquece que eu te mandei a primeira mensagem, você consegue ser bem irritante por causa desse ego inflado" enviada por García 10:37AM, fazendo outra vez a psicóloga gargalhar.

"Sinto muito, mas eu não sou tão obediente assim. Espero que eu fique pairando em sua mente em meio ao sono de hoje... E digo mais, talvez eu ligue novamente" De Lucca respondeu às 10:40AM.

"Quem te permitiu?" a moça foi totalmente desafiadora e debochada com aquela autoridade.

"A sua primeira mensagem" enviada por Genevive às 10:43AM.

"Eu sabia que me arrependeria de mandar" confessou em um suspiro e achou até bom que não estivessem por ligação naquele momento.

"Preciso ir agora. Obrigada pela madrugada, é sempre muito bom poder conversar contigo.

Beijo, na bochecha é claro, porque na boca acho atrevimento demais ainda" e sua última mensagem veio para restaurar a paz meio a tensão, Gen não viu, mas fez a outra sorrir abertamente após ler.

Foi apenas questão de Genevive guardar o celular na gaveta, que as batidas em sua porta surgiram em educação para pedir licença e para descobrir também se a psicóloga estava com paciente.

— Pode entrar. — Permitiu, aproveitando o tempo para recuperar sua postura depois da breve conversa com a mulher por celular.

E então a outra surgiu com sua presença, o perfume invadiu toda a sala e a beleza que carregava também. Vestia-se de roupa social, anéis discretos nos dedos, um colar de miçangas pequenas vermelhas e brilhosas, cabelos encaracolados soltos e um óculos de sol no rosto que foi levantado mostrando a real intenção de ela usá-lo, era porque aparentava estar cansada e não para proteger suas vistas do sol. 

— Bom dia, doutora Genevive. — Sorriu brevemente para ela, mas não conseguia disfarçar a pitada de mal humor que pairava em seu emocional. Não que estivesse sendo falsa, sentia vontade de ser simpática com ela sim e também tinha plena noção que ninguém tinha culpa da sua irritação matinal, porém estava fazendo um esforço além do normal para não ser tão séria. — Achei que estava com paciente. — Estranhou.

— Infelizmente ele precisou desmarcar a sessão de hoje, então estou aqui aguardando o horário do próximo que ainda não chegou. — Respondeu cruzando as pernas e lembrou-se. — Bom dia, doutora Jesebel.

— Compreendo. — Assentiu fechando a porta por causa do ar-condicionado. — Eu tô passando aqui para... — Parou com o cenho franzido e olhou para cima. — Para? — Se perguntou fazendo a psicóloga rir brevemente. — Calma, deixa eu me organizar primeiro. — Respirou fundo, soltando o oxigênio dos pulmões.

— Leve o tempo que precisar. — Manteve uma postura ética e aproveitou para observá-la, consequentemente oferecer amparo caso fosse necessário. — Não quer sentar um pouco? Tá precisando de uma água?

Quer se divertir? É só mandar uma mensagem. - Lésbico.Onde histórias criam vida. Descubra agora