— Tá quase na hora de ir e eu não sei se quero. — Confessou jogando-se no sofá com uma expressão triste que fez a irmã se aproximar e abraçá-la.
— Por quê? — Arqueou uma sobrancelha.
— Se você precisar de mim? — Perguntou pensativa.
— Eu espero e se você estiver ocupada, eu espero de novo. Eu sei me cuidar, Gen, as mães estarão aqui também, não se preocupe... Você precisa parar de planejar a sua vida com tudo girando em torno de mim. — Foi racional. Claro que iria sentir saudades da irmã, mas não a faria ficar por causa disso. — É uma oportunidade de ouro e Jesebel lhe deu um voto de confiança. Você vai conhecer outros profissionais, ingressar de verdade nesse mundo, vai ter o nome mais falado, poderá expandir suas áreas de pesquisa, achar outros projetos, fazer conexões... Isso é incrível.
— Tá, mas sei lá. — Deu de ombros desgostosa.
— Você é capaz, Gen. — A incentivou porque realmente acreditava nas afirmações.
— Joguei cartas para mim. — Confessou baixinho, para esconder do mundo aquilo. — Sei que não é muito recomendado e que Dalila se colocou disponível para isso, mas senti minha moça perto e acabei jogando porque achei que ela queria se comunicar comigo.
— E o que aconteceu? — Apertou ainda mais o abraço, começando a se despedir, temporariamente dela, desde cedo.
— Ela me mostrou que essa viagem seria um passo grande e que algumas coisas iriam mudar. — Tentava buscar na mente. — Me mostrou cartas que me mostravam sobre falsidade, sobre perigo, sobre paciência, resistência.
— Ela embaralhou sua cabeça. — Riu e também a contagiou.
— Exatamente. — Assentiu concordando. — Fiquei com medo de estar sendo realmente feita de otária por Jesebel, de maneira proposital.
— Como assim? — Perguntou perdida.
— Passei pano para as mentiras dela porque acredito em algo maior, as vezes ela demonstra sem querer que todos esses disfarces são para autoproteção e foi um jeito que ela achou para expor partes dela que por algum motivo precisa esconder. — Citou sua crença. — Mas depois dessas tiragens, fiquei com medo de estar sendo feita de besta assim de graça. Talvez ela só seja muito boa em fingir e em mentir, talvez ela esteja me enganando, talvez tudo só seja um cinismo que eu dei justificativa só porque sinto vontade de estar ao lado dela. — Fez um biquinho triste olhando para as malas. — Eu realmente sinto muita vontade de estar ao lado dela, tanto é que me destroça a ideia de que ela só seja manipuladora mesmo.
— Use essa viagem para descobrir. — Deu uma solução. — Você vai saber como conversar com ela, qual é, você é psicóloga. Não deixe isso se prolongar até que comece a ter afetar verdadeiramente.
— Eu irei, talvez seja por isso que tô tão nervosa. — Suspirou profundamente.
— Não há situação alguma que você não saiba manejar. — A encorajou confiante.
☼✳☾
— O avião vai decolar e eu tô me sentindo bastante estranha. — A psiquiatra falou sentada na poltrona, olhava para todos os cantos daquele lugar.
— Por quê? Não me diga que teve um sonho de previsão, a gente sai desse avião agora. — Genevive fez graça e conseguiu arrancar uma risada da outra. — Agora mesmo, viu?
— Estamos dentro de uma lata que irá voar, eu não gosto disso. — Declarou cruzando os braços.
— Vai dar tudo certo, chegaremos lá sã e salvas na lata voadora. — Garantiu com um sorriso no rosto.
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Quer se divertir? É só mandar uma mensagem. - Lésbico.
RomanceGarcía; 1. Se você foi aprovado, se alegre, eu sou extremamente seleta com quem deixo me seguir. 2. Apenas mulheres são bem-vindas. 3. Não adianta, eu não vou te contar meu nome independente do quanto você insista. Uso de um pseudônimo e só atendo...