Aviso de conteúdo sensível.
▩▩▩▩
A viagem durou e no escuro ficaram de chamego. Tudo parecia muito bem e muito bom, até descerem do avião e os celulares voltarem a ativa.
O de Mainá não parava de vibrar e mesmo ela tentando dar carinho a Genevive que automáticamente ficou um pouco mais evitativa, o fator desconfortante seguia por ali.
Em meio as notificações, não queria ser curiosa, mas também não podia se fazer de desentendida quando algo estava bem na frente dos seus olhos expostos para você ver. Eram notificações de mensagens e estava tudo bem recebê-las, mas naquele nível chegava a ser estranho.
Uma barreira foi criada.
Sem querer ser agressiva ou invasiva, Genevive após abusar do barulho, sugeriu delicadamente que ela atendesse as demandas de quem lhe mandava mensagem. Só que Jesebel em seu comportamento nervoso, nem ao menos conseguiu disfarçar que algo de errado tinha ali, porque toda vez que o celular vibrava, tentava tirar a atenção da psicóloga do aparelho, para direcioná-la a outra coisa.
Ao descerem do carro em frente ao hotel, a psiquiatra ainda tentou, andando de mãos dadas com ela até o saguão na recepção onde pegariam as chaves.
Foram simpáticas com a recepcionista e tudo até parecia estar em clima leve entre elas, até a tensão cair por completo na hora da checagem de dados.
É certo que Genevive, além de a trabalho, havia viajado com um objetivo de lavar a roupa suja que tinha com a chefe e descobrir logo sobre todas as teorias que lhe atormentavam, mas não esperava que acontecesse tão rápido.
— As senhoritas poderiam me dizer o nome de quem está na reserva, por favor. — A moça questionou olhando para a tela do notebook.
— A reserva está feita no nome de Genevive. — Jesebel logo se adiantou dando a informação.
— Genevive Riveira de Casablanca. — A psicóloga informou seu nome completo, tranquilamente.
A moça assentiu digitando no teclado rapidamente e depois de vários cliques seguia em sua busca, era visível em sua expressão que não estava achando e isso acabou deixando Jesebel aflita.
O mais bizarro de tudo era o suspense para o momento, porque em minutos algo poderia acontecer ali, assim como não.
A informação estava ali, pairando no ar, pronta para aparecer. As duas sabiam da verdade, mas além dela, qualquer argumento pode ser derrubado com um simples "não" caso tenha falta de provas, por isso, Genevive só esperava ela para poder confrontar.
— Hum... — Deu-se por vencida. — Não há nenhum registro com esse nome. — Concluiu encarando Jesebel.
— Eu reservei já faz alguns dias e, salve o engano, foi até a senhorita quem o fez. — Apresentou o argumento, despojando-se mais encostada no balcão e na tentativa de ser respeitosa, a psicóloga deu um passo para trás.
— Vamos tentar no nome da senhorita, então? — Sugeriu dando uma solução e como não lhe restava opção, a psiquiatra teve que concordar mesmo sem querer. — Seu nome completo por favor.
— Jesebel Mainá Moreira... — Citou com certa resistência e nem quis olhar para trás, porque já se sentia uma presa.
— Completo, por favor. — Repetiu pela demora, mas era tranquila e fazia tudo com boa vontade.
— Jesebel Mainá Moreira Valdez de García. — Informou e logo em seguida fechou os olhos.
Logo o pigarro surgiu atrás de si, só para anunciar que a casa tinha caído e não adiantava quaisquer desculpas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quer se divertir? É só mandar uma mensagem. - Lésbico.
Roman d'amourGarcía; 1. Se você foi aprovado, se alegre, eu sou extremamente seleta com quem deixo me seguir. 2. Apenas mulheres são bem-vindas. 3. Não adianta, eu não vou te contar meu nome independente do quanto você insista. Uso de um pseudônimo e só atendo...