Barbacena e sua catástrofe.

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Aviso de conteúdo extremamente sensível!!!

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Acordaram juntas, mas Jesebel aproveitou que estavam na cama e pediu para que sua companheira ficasse ali um pouquinho, curtindo a preguiça antes de dar a hora de realmente levantar.

A castanha estava deitada de bruços, coberta até a cintura, com os cabelos esparramados no travesseiro enquanto sua companheira passava a mão de baixo para cima em suas costas, parando no trapézio e apertando como em uma massagem. Às vezes alternava também enfiando seus dedos nos cabelos dela e apertando-os, arranhando a nuca e rindo baixinho quando ela era atingida por arrepios tão fortes que até erguia a cabeça.

— Interessante, você tem muitas pintinhas. — Observou passando o dedo por algumas nas costas dela. — Umas são mais escuras, outras são mais claras.

— Olha direito, dengo. — Pediu preguiçosamente.

— Hum. — Se aproximou esticando a pele e identificou que as mais escuras eram todas pinturas. — Isso é tatuagem? Meu Deus. — A fez rir pelo seu sobressalto. — Qual foi a sua motivação? Por quê? — A abraçou apertado.

— Eu quis. Só. — Riu ainda mais.

— Você tem tatuagens de mini corações por todo o corpo? — Franziu o cenho observando mais delas nos ombros e nos braços, eram bem poucas e extremamente espaçadas.

— Sim. — Concordou suspirando com o aperto do abraço. — Quase ninguém sabe que são realmente corações. — Contou recebendo os beijinhos em seu ombro e se despojando cada vez mais. — E você, pretende fazer mais?

— Eu tenho vontade, mas não sei o que. — Respondeu dando mais beijinhos no pescoço da mulher, mas parou de imediato. — Vish. — Identificou a marca. — Parece que uma descontrolada te mordeu no pescoço. — Citou bem humorada fazendo Genevuve rir.

— Marcou foi? Vou ter que usar gola alta. — Pensou em uma solução para que não se prejudicassem, não que precisassem andar se escondendo, mas sabia que haviam fotógrafos por todo canto no congresso e que as fotos chegavam até Lorena.

— Desculpa, paixão. — Pediu roçando seu nariz atrás da orelha dela.

— Não tem o que desculpar, dengo. — Virou-se de frente cuidadosa e lhe deu um beijo na ponte do nariz.

— Como que você está se sentindo para essa roda de conversa? — Questionou fazendo carinho na bochecha dela usando seu polegar.

— Tô tranquila, me sinto preparada. — Foi natural, abraçando mais sua companheira. — O que vai fazer durante o dia?

— Ué? Como assim? — Franziu o cenho sem compreender. — Eu vou ir te ver. — Expôs o que estava óbvio para si.

— E pode? É aberta a roda de conversa? — Arregalou os olhos implorando aos céus que a resposta fosse negativa.

— Minha paixão, vai haver uma mesa no centro onde vocês ficarão sentados conversando sobre o assunto e ao redor toda a platéia que teve interesse de ir aprender mais sobre o tema, algumas pessoas presentes ainda nem são profissionais, são universitários. — Explicou como seria e na mesma hora a outra se sentou, assustada. — É uma oportunidade e tanta pra você, para que as pessoas vejam seu nível de conhecimento.

— Puta merda. — Disse meio alheia. — Então eu vou voltar na minha resposta e dizer que eu estou em desespero. — Colocou as mãos no rosto. — Em um completo desespero.

— Ei. — Sentou-se e a abraçou por trás, repousando seu queixo no ombro dela. — Você é completamente capaz e sabe disso. — Adocicou sua voz enquanto tentava encorajá-la. — Eu te chamei sabendo do seu potencial, você é brilhante em suas colocações e na verbalização dos seus pensamentos, ponho minha mão no fogo por você. — Alcançou o ouvido dela. — Você é uma profissional incrível, Genevive.

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