Cansada havia chegado do trabalho, tarde da noite. Pensou em não fazer barulho, já que sua esposa havia dito que tentaria dormir porque estava de mal humor.
Deixou sua bolsa de lado, tirou os sapatos e apanhou uma caixinha de bombom que havia comprado pra ela, se desse a sorte de achá-la acordada, poderia presenteá-la logo.
Subiu as escadas na ponta dos pés e caminhou até o quarto, achando a porta aberta, a esposa sentada no sofá assistindo algo no notebook, no escuro.
— Amor da minha vida? — Chamou cantarolante, caminhando até ela e atraiu o olhar águado de Genevive que estava com um lencinho na mão, secando os olhos. — Gen, o que aconteceu? — Franziu o cenho e se aproximou rapidamente em preocupação. Pareceu ter apertado um botão de explosão, porque observou que ela com o lencinho cobriu o rosto e desabou em um choro copioso. — Amor? — Se sentou e a puxou calmamente para os seus braços, apertando-a com força e olhando o que ela estava vendo no notebook.
— Oi, dengo. — Cumprimentou baixinho e se ergueu para dar um beijinho na bochecha dela.
— Nosso casamento? — Questionou observando a filmagem que já conhecia. Estava as duas de mãos dadas no altar, de vestidos brancos e bem na frente estava o cerimonialista do cartório, recitando o discurso. — Por que está chorando assim? — Sentiu o coração pesar. Pausou o vídeo e a apertou mais forte.
— Porque eu te amo. — Soltou completamente trêmula em um risochoro intenso e escondeu o rosto no busto de Jese enquanto soluçava.
— Eu te amo também, mas não compreendi o seu ponto. — Expressou em sinceridade, já desconfiada. Fazia carinho pela extensão das costas dela e a acolhia do jeito em que ela necessitasse. — Respire fundo, se acalme. — Sussurrou aninhando ela e beijando o rosto molhado com toda paciência do mundo.
Suas mãos seguiram correndo pelas costas dela em carinho, sentiu o rosto da outra se aninhando em seu pescoço. Jese envolveu as pernas na cintura dela, aprofundando mais o contato e apertando na medida em que ela também era recíproca.
Ficaram em silêncio, apesar da sua ansiedade e preocupação de saber o que estava acontecendo, se conteve para que ela se recuperasse. Já tinha deduzido o que estava acontecendo, achou ter vislumbrado a garrafa e uma taça de vinho na pia, sentia o cheiro de álcool, mas não o suficiente, conhecia a esposa a ponto de também conhecer que quando ela estava bêbada errava as palavras, os olhos ficavam baixos e ela normalmente ficava acesa. Parecia bem atenta, o que lhe dava outro chute, era álcool misturado com algo a mais.
Sentiu as mãos pálidas dela se enfiando entre seus cachos e cedeu aos selinhos demorados que passou a receber, foi complicado resistir aos lábios dela escorrendo pela sua bochecha, linha da mandíbula, atrás da sua orelha, descendo pelo pescoço, até que interrompesse.
— Certo. — Disse soprosa quando a psicóloga mordiscava seu lábio inferior.
Com certeza havia álcool ali. O comportamento de confirmação veio pelo beijo seguinte, quando ela tomou sua boca para si e foi tão envolvente que não conseguia não retribuir, a entregou o que ela queria, a beijou lentamente até que a deixasse sem ar e sem palavras.
— Certo. — Repetiu se recuperando após se distanciar um pouco da esposa. — Sigo sem entender o que está acontecendo aqui. — Pontuou seriamente e lhe deu um beijinho na maçã do rosto. — O que aconteceu, paixão?
— Absolutamente nada, acredita? — Riu brevemente tornando a se aninhar no corpo da sua mulher e fechou os olhos. — Hoje fui lá na casa das mães. — Comentou acariciando a extensão do braço da psiquiatra. — Acabei encontrando com Rosa e Madalena, estavam ótimas... Ótimas. Acho que minha irmã nunca mais teve uma crise de convulsão.
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Quer se divertir? É só mandar uma mensagem. - Lésbico.
RomanceGarcía; 1. Se você foi aprovado, se alegre, eu sou extremamente seleta com quem deixo me seguir. 2. Apenas mulheres são bem-vindas. 3. Não adianta, eu não vou te contar meu nome independente do quanto você insista. Uso de um pseudônimo e só atendo...