Um passo a frente.

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— Alô? — Perguntou após verificar que a ligação havia sido atendida.

— Alô, bom dia! Escritório de advocacia Felícia Araújo, em que posso ajudar? — Respondeu em gentileza.

— Fefe? — Chmou após ouvir um chiado. Reconheceu a voz da amiga.

— A própria. — Se identificou sorridente. — Jese? Que saudade! O que aconteceu? Imagino que tenha me ligado no escritório não para bater papo. — Começou a girar na cadeira de rodinha da sua sala.

— É... Também. — Informou sorrindo. Falar com a antiga amiga era sempre muito bom. — Senti saudades suas. — Precisou ser sentimental.

— Precisamos marcar para tomar um café, quero por fim te apresentar Danda. — Declarou decidida a marcar algo.

— Combine um dia com ela e me avise. — Evidenciou que tentaria de tudo para estar disponível quando quisessem fazer algo.

— Tá certo, mas agora vamos a seriedade. — Informou. — Qual a demanda?

— Tô precisando da sua ajuda. — Foi sincera e cabisbaixa.

— Sim? — Mostrou-se atenta, despojando-se mais.

— Você poderia revisar o contrato que eu fiz com a minha prima? — Questionou atenta. — Irei te dar maiores informações pessoalmente, mas queria dizer que estou pronta para seguir sozinha.

— Finalmente, porra! — Não escondeu sua alegria pela amiga. Torcia por isso há anos. — É claro que tem como.

— Eu não aguento mais e sei que faltam só alguns meses até próximo, gostaria de estar pronta para recusar. Imagino que não será uma separação nada fácil e que ela vai querer me causar danos de qualquer maneira, mas eu prefiro ser livre de uma vez. — Mostrou-se totalmente encorajada a encerrar um ciclo abusivo.

— É pra já. — Garantiu, se sentindo motivada a trabalhar dessa vez. — A noite mesmo te mando um áudio falando sobre as cláusulas.

— Que eficiente você. — Elogiou impressionada e a fez rir.

— Sempre. — Disse se vangloriando.

— Precisamos fechar uma parceria. Quero poder brigar e ameaçar os outros dizendo que irei ligar para minha advogada para que no final seu celular vibre com um ligação e um pedido para você me tirar da delegacia. — A fez gargalhar, mas mostrou que estava começando a ter interesse em deixar sua amiga de maneira fixa até no trabalho.

Fefe lidava com algumas questões burocráticas, não tinha porquê não mantê-la por ali sendo que era uma profissional de confiança. Sentia que iria precisar disso nos tempos que viriam. Era melhor lutar com armas do que baixar a guarda e esperar apenas a golpeada do seu inimigo.

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— Oi, paixão. — Surgiu em sussurro. A qualidade da ligação era tão boa que a música que tocava bem baixinho no fundo era totalmente audível.

— Oi. — Surgiu após um longo suspiro sofrido para não retribuir ao apelido.

— Por que toda vez eu sou recebida com tanto mal humor? Tô sentindo tanta saudade do seu lado mais doce. — Lamentou em chateação, dentro de uma tristeza totalmente perceptível no seu tom de voz.

— E lá vamos nós, outra vez, García. — Citou, bebendo um gole do seu café quente.

— Se permite conversar comigo normalmente hoje? Por favor. — Pediu a oportunidade na qual Genevive pensou muito sobre ceder, mas não teve punho firme o suficiente para recusar. — Me conta como foi o seu dia.

Quer se divertir? É só mandar uma mensagem. - Lésbico.Onde histórias criam vida. Descubra agora