García.

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— Bom dia, amor da minha vida. — Jese desejou preguiçosamente, se cobrindo com a coberta e deixando o celular repousado no rosto para que não precisasse ficar segurando.

— Bom dia, minha esposa. — Disse manhosa colocando o celular no chão, ao lado de sua cabeça. Havia acabado de chegar da academia.

— Como você está? — Perguntou ficando encolhida naquela cama grande, sentindo falta do aquecer da outra.

— Estou péssima. — Resmungou e conseguiu a reação imediata de Mainá, que ergueu as sobrancelhas, já sabendo de onde vinha aquele mal humor.

— Posso saber o motivo disso? — Se atentou.

— Porque minha esposa teve frieza tamanha de me deixar sozinha nessa casa imensa mesmo nós estando recém casadas, isso tudo para trabalhar em um outro estado. — Fez drama e ouviu uma risada adorável que até, quase, desmanchou seu humor ruim.

— Recém casadas? Temos mais de um ano de casamento, Genevive. — Argumentou com o drama, sentindo o desejo imenso de abraçá-la.

— Ainda é recente pra mim. — Contra-argumentou causando risadas. — Foi tipo, ontem.

— Sinto muito, meu amor. — Lamentou tristonha aceitando a lamúria dela.

— A cama está fria, Jese. — Choramingou se jogando em cima do colchão.

— Também estou sentindo sua falta. — Garantiu em seriedade porque realmente tinha acostumado com a presença dela todos os dias. — Todos os dias, os minutos, os segundos. — Sussurrou em carência.

— Se estivesse aqui, teria te acordado com minha voz em seu ouvido e beijinhos por todo o seu rosto... — Citou baixinho com um sorriso na face. — E corpo. — Sussurrou como se estivesse contando um segredo.

— E corpo? — Ergueu as sobrancelhas.

— Uhum. — Concordou cheia de si. — Mas você não está aqui.

— Gen, já conversamos sobre isso. — Pontuou seriamente e ouviu um bufar.

— Me desculpe, só estava fazendo drama. — Se prontificou em responder porque só estava brincando, não queria fazer parecer como se sua esposa não estivesse lhe escolhendo. Ela teve um compromisso de trabalho no qual não podia adiar, bem como Genevive precisou ficar pelo mesmo motivo, portanto não tiveram como viajar juntas dessa vez. — Quando você chega?

— Amanhã, muito provavelmente. — Lamentou tristonha.

▩▩▩▩

— Eita que o coração chega saltou aqui. — Jese elogiou ao atender a chamada de vídeo da esposa na hora do almoço. Felizmente a internet estava colaborando. — Posso pedir uma voltinha?

— Deve. — Disse toda se querendo, com um sorriso grande no rosto.

— Então por favor, amor, dá uma voltinha pra mim? — Pediu completamente descarada e esperou, despojando-se na cadeira. Assistiu a esposa posicionar o celular e evidenciar seu corpo, onde deu uma voltinha para mostrar sua roupa por inteiro. — Que mulher espetacular, ainda bem que sou casada com ela. — Se orgulhou assistindo-a se sentar. — A sua sorte é que eu não tô em casa.

— Eu vou corrigir para "azar". Que azar que você não está em casa. — Suspirou em angústia. — Como foi o congresso durante a manhã?

— Deveria ter sido ótimo. — Expressou meio acuada e fez Gen notar rapidamente a mudança na expressão facial. — Tem uma psiquiatra aqui de mal humor e em um dia péssimo , então ela decidiu que todos ao seu redor também teriam um dia péssimo. Eu vou ter reunião com ela durante a tarde, não tô nem com paciência. — Deixou o notebook em cima da mesa. — Tocaram no nome de Lorena hoje.

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