Casal.

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O final da noite se deu meio silencioso, até sairam para jantar, mas Mainá respeitou que o dia havia sido pesado para a sua parceira. Ofereceu seus ouvidos e o seu acolhimento, ainda chegaram a ver algumas notícias que sairam sobre a roda de conversa, nenhuma ruim até então, todas pautadas na coragem que Genevive havia tido de peitar os psiquiatras de maneira geral.

A insuportável da Lorena até zoou no chat de Jesebel, ordenando que ela começasse a cortar as asas do passarinho filhote que estavam criando juntas, mas depois do comprovante do depósito feito em sua conta, pareceu magicamente mudar de ideia e adotou a ousadia de Gen como algo muito bom para a chegada do dinheiro, incentivando que ela realmente falasse o que sentisse vontade. Logo se aquietou.

Mais tarde a psicóloga recebeu uma ligação de vídeo da irmã, correu para atender e se surpreendeu que o seu bebê, Rosa, havia tomado uma atitude para entender algumas de suas crises, estava com Dalila e Elizabeth. Não demorou nuito para que tocassem na pauta do buquê perguntando o que haviam perdido.

Com muito orgulho do que tinha construído e sabendo que elas eram de total confiança, mostrou qual página elas não ficaram sabendo ainda. Foi atrás da sua companheira que estava arrumando os cabelos e a invadiu, sem nem perguntar se podia, agarrou o seu rosto e lhe deu um selinho demorado com a câmera bem apontada para as duas, causando então as parabenizações e um "finalmente" vindo de Dalila, onde só ela e Elizabeth sabiam o real peso daquilo. Finalmente tinha acontecido, tentou juntá-las de todo jeito, mas no fim confiou no destino e ele fez seu papel.

A chamada se encerrou e apesar do cansaço foram dormir em êxtase, deitaram-se e adormeceram abraçadas no escuro aproveitando a falta de pressão psicológica porque no dia seguinte só estariam ali como alunas, sem precisar lidar com apresentações para fazer. Apenas tinham que comparecer e assistir as palestras que seriam ministradas.

Por terem dormido cedo, o relógio biológico de Genevive disparou e a obrigou a acordar, ela até tentou manter-se quieta, mas infelizmente despertou sua companheira. Já estavam num abraço, só fez apertar mais ele trazendo-a para si e não quis nem saber de bom dia, lhe entregava selinhos demorados enquanto ela ria entre os contatos.

— Como adoro acordar com você. — Aproveitou daquele quentinho pra ir se despojando no abraço, querendo o máximo de contato possível.   — Mas eu preciso muito levantar. — Lamentou se espreguiçando e sentindo a mulher lhe apertando mais.

— Ah não vai. — Negou com a cabeça subindo aos pouquinhos em cima dela e impedindo-a de se levantar. — Não vai mesmo. — A mordida que deu no lábio da outra foi tão sedutora que García realmente cogitou não levantar. Havia esquecido que tinham passado um dia inteiro sem se beijar de verdade, isso atiçou a sua vontade.

— Eu tenho mesmo que levantar. — Lamentou baixinho fechando seus olhos com força porque estava difícil não ceder aos beijos que sua parceira lhe dava ao redor da boca.

— Mesmo mesmo? — Tentou vencê-la enganando-a de que lhe daria um beijo, brincando com os lábio carnudos da mulher.

— Mesmo. — Sussurrou baixinho soltando um grande suspiro quando a moça saiu de cima do seu corpo. De um lado era por tamanha tristeza, do outro por tamanho alívio.

Levantou-se e foi fazer o que precisava enquanto Gen ficou mexendo no celular, demorou por um bom tempo andando pelo quarto e arrumando o que tinha que arrumar, depois se sentou ao lado dela que já estava toda coberta novamente e lhe lançou um olhar carinhoso.

— Você já teve isso alguma vez na vida? — Questionou depois de um tempo, segurando a mão de Jesebel.

— Isso? — Perguntou em confusão, sem entender onde ela queria chegar.

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