Havia sido avisada que sua colega de quarto saiu sozinha e que provavelmente passaria o dia inteiro fora, o que fez Genevive estranhar, porque mesmo sendo alguém bastante ocupado, imaginou que Jesebel deixaria suas obrigações de lado por esses três dias ao menos.
Tinha suas amigas na empresa, Vanessa estava sempre disponível para conversar porque adorava ficar de canto só observando, porém a moça estava mesmo a fim de uma companhia específica e por esse motivo ficava entediada.
Também contava com a presença da outra para que não ficasse sozinha com seus pensamentos, afinal sua cabeça estava em um turbilhão de dúvidas e confusões que muito provavelmente lhe deixaria em surto caso se entregasse a eles, o que ficava mais sucetivel de acontecer se mantendo sozinha.
Seu celular vibrou várias vezes em ligação e logo correu para atender porque sua preocupação ativou por causa da irmã. Tudo bem que estava viajando, mas o tempo todo a mente estava em alerta, afinal não havia passado muito tempo em que Rosa havia tido uma crise forte.
— De Lucca? — Chamou surpreendendo quem escutava que rapidamente identificou quem falava, afinal só existia uma pessoa que lhe chamava por esse nome.
— Quem é vivo sempre aparece, já dizia o ditado. — Respondeu, mostrando de maneira implícita uma breve reclamação pelo "sumiço".
— Dependendo de quem vê e escuta, quem é morto também. — Respondeu pensativa.
— Lembrou que eu existo? — Debochou, não conseguia ser tão dócil com ela. Não depois do que estava sofrendo.
— Ué, nunca esqueci. — O tom de voz mudou para um mais sensível e galanteador. — Estou no meio do congestionamento e resolvi te ligar.
— Não tinha mais nenhum brinquedo pra te tirar do tédio, não é? — Foi ácida em sua alfinetada. Estava chateada e não conseguia esconder.
— Não é isso. — Resmungou, também já chateada por ela estar distorcendo mesmo sabendo as reais verdades dentro da frase. — Quis dizer que havia me planejando inteira para te ligar, mas meu dia todo deu errado hoje e mesmo em meio ao caos, não resisti. — Conseguiu arrancar um sorriso de Genevive mesmo sem saber.
— Tudo bem. — Concluiu mexida e sem querer deixar transparecer. — Eu não faço ideia de como prosseguir uma conversa contigo. — Foi sincera, até porque não tinha motivos para não ser.
— Minha beleza te deixa nervosa? — Usou de humor que costumava quando começaram a relação que havia dado fim. Era sua válvula de escape sempre.
— Talvez seja isso mesmo. — Adorava contraria-la usando da verdade. García provocava na intensão de não ser correspondida, mas sempre era, esse era o diferencial de De Lucca... Ela tinha peito suficiente para sustentar ao invés de ficar enrolando para dizer aquilo que tinha vontade ou que sentia. — Você tem uma mania de deixar tudo de cabeça pra baixo em mim. — Confessou e soltou um suspiro dolorido.
— Você não deveria ter soltado uma dessa logo agora. — Resmungou em chateação.
— Tá reclamando agora? Isso sou eu, coisa que aparentemente você gostava há alguns bons dias. — Deu de ombros, confrontando-a na maior coragem. — Coisa que você também não deveria mais ter acesso... Mas eu sou uma fracote. — Desabafou com quem lhe causava a dor, era um erro.
— Não pega pesado comigo. — Pediu sofregamente, também doía a distância.
— É muito estranho falar com você, García. — Admitiu querendo que ela desse uma solução para o vazio que sentia.
Tinha um buraco no peito que normalmente era preenchido quando conversavam, agora seguia tudo oco, porque já não tinham mais a mesma relação.
— Mas acho que devíamos praticar para que isso passe. — Apresentou seu jeito de solucionar e por algum motivo ele deu uma pontada de revolta em Genevive.
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Quer se divertir? É só mandar uma mensagem. - Lésbico.
Lãng mạnGarcía; 1. Se você foi aprovado, se alegre, eu sou extremamente seleta com quem deixo me seguir. 2. Apenas mulheres são bem-vindas. 3. Não adianta, eu não vou te contar meu nome independente do quanto você insista. Uso de um pseudônimo e só atendo...