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Aviso de conteúdo sensível.

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— Já pedi tudo, agora é sentar e esperar graças a boa tecnologia. — Genevive informou largando o celular e sentando recostada na cabeceira da cama. Seu olhar percorria pela companheira que alimentava a rotina de cuidados, passava creme nas pernas. — Pode deixar que eu vou buscar quando chegar.

— Eu posso ir. — Se ofereceu sem notar a maneira em que era devorada.

— Não, pode ficar tranquila. — Assentiu acompanhando-a largando os chinelos, caminhando até a cama e sentando ao seu lado novamente.

— Tô um pouquinho cansada. — Confessou, tinham andado durante o dia todo para conhecer a cidade e o calçado que havia escolhido não era dos melhores. — Ainda bem que agora é só sentar e esperar, não ia ter condições de cozinhar.

— Eu cozinharia para você. — Solucionou o problema. — Até daria em sua boca. — Se aproximou mais um pouquinho dela, queria o contato físico com sua, oficialmente, namorada. — Mas o meu problema é que eu quero um yakisoba grandão agora. — Riu e a fez rir.

— Depois dessa eu nem sei mais se eu prefiro o yakisoba grandão agora. — Comentou em um bom humor.

— Você está num perfume, adoro o cheiro do seu hidratante. — Apanhou o braço dela delicadamente e o cheirou como um cão, fazendo a moça rir novamente.

— Ele é de ameixa, eu odeio ameixa, mas esse cheiro é realmente gostoso. — Concordou com ela sentindo os beijos delicados que recebia.

— Igual você. — O tom baixou mais, se arrastando.

— Bem conheço quando você abaixa essa voz. — Semicerrou os olhos com os beijos subindo pelo seu ombro.

— Ao invés de sentar e esperar, podíamos fazer algo mais interessante, que tal? — Disse sorrateira, com o mesmo tom, deixando explícitas as suas segundas intenções.

— Tipo o quê? — Se fez de desentendida.

— Tô morrendo de vontade de beijar você. — Confessou na cara dura e a viu sorrir de canto.

— É uma boa proposta. — Concordou assentindo.

— Não é? Pensa com carinho, quando quiser eu estou disponível. — A cantou como se não estivessem em um relacionamento.

— Queria te mostrar algo, mas eu tô criando coragem. — Não que quisesse recusar o que sua namorada havia oferecido, mas é que ficava pensando em como tocar em um assunto específico e acabou por decidir que era um bom momento para tal. Se não fizesse ali, não o faria mais, perderia a coragem.

— É relacionado a quê? — Questionou atentamente cedendo a vontade de tomar os lábios da companheira, dando selinhos nela demorados nela.

— Então... — Engoliu em seco e tomou distância da outra para conseguir terminar. — É sobre sexo. — Recebeu como reação uma erguida das sobrancelhas. — Não que nossa primeira vez não tenha sido ótima, foi incrível. — Falava pausadamente porque ainda ficava sem jeito. — Não tenho nada a reclamar, é porque anunciando assim pareceu que eu ia dizer algo ruim, sei lá.

— Jese, tá tudo bem. — A interrompeu ternamente para que ela parasse de tentar se justificar, era seu direito puxar esse assunto quando sentisse vontade também. — Pode dizer, estou aberta. — Cruzou as pernas e esperou a outra procurar algo na mala que estava ao lado da cama, logo voltou a se sentar com um recipiente de vidro que continha um líquido meio amarelado dentro.

— Imagina o que pode ser? — A entregou o vidrinho e arrumou as vestes do corpo. A encarou atentamente enquanto ela desbravava o objeto.

— Se você diz que é sobre sexo, devo deduzir que é um brinquedo? É um lubrificante? Acha interessante nós usarmos? — Chutou e foi bem assertiva.

Quer se divertir? É só mandar uma mensagem. - Lésbico.Onde histórias criam vida. Descubra agora