Pimenta.

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Aviso de conteúdo sensível.

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— Preciso beber água, minha língua está ardendo. — Entrou desesperada no quarto do hotel e ouviu a risada da sua companheira.

— Imagina isso no corpo de alguém. — Sorriu descaramente, trancando a porta. Começou a ouvir as tosses de Genevive que lhe faziam rir ainda mais, mas depois do engasgo ela bebeu toda a água com calma.

Vieram todo o caminho em silêncio, só fazendo carinho uma na outra, Jesebel seguia naquela manha de se fazer de difícil, afinal adorava um morde e assopra. De Lucca até quase conseguiu um beijo quando a viu cedida, mas a moça logo retomou os sentidos para negar. Só que até ela sabia que não aguentaria muito.

Fraquejou no mesmo momento em que Genevive largou o copo e voltou para perto do seu corpo, só lhe esperando tirar os saltos enquanto jogou os seus longe também. Acanhada ficou, sem graça, encolhendo-se nos braços da companheira quando lhe envolveram a cintura.

— Imagina isso no seu corpo. — Corrigiu a frase baixinho e riu quando a moça escondeu o rosto em seu pescoço. — Ué? — Perguntou.

— Tô sem jeito. — Respondeu espalmando suas mãos nas costas pálidas.

— Te admiro de todas as formas. — A fez erguer o rosto para alcançar seus olhos e roçou seus narizes. — Y te deseo en todos los sentidos. (E desejo a você de todos os modos). — Sussurrou e ofegou assim que sentiu a mordida em seu lábio inferior, junto com a leve puxada e o estalado do selinho.

— ¿Tú me quiere? (Você me quer?). — Questionou atentamente precisando daquela resposta de maneira verbal.

— No te imaginas cuánto. (Não imagina o quanto). — Respondeu arrepiando-se com as unhas percorrendo suas costas.

— Muéstrame. (Me mostra). — Pediu seriamente, dando ali a sua confirmação de que ela podia fazer o que quisesse.

Sua boca foi tomada pelos lábios da outra e pela língua que lhe invadiu tocando a sua com fome, era sufocante e totalmente intensa. Uma das mãos que estava em sua cintura, subiu até a nuca onde segurou com firmeza guiando-a. Estava sendo um beijo bonito, era possível enxergar por ele quanto de desejo sentiam pois se devoraram em uma recíproca grande.

E então De Lucca fez o que tanto queria, borrar com gosto todo aquele batom vermelho, tudo bem que ele mal estava presente e que mal tinha deixado marcas, mas ainda sim valia a conquista.

Beijá-la era como estar no paraíso e por isso não apressou nada, só aproveitou porque havia passado a noite inteira desejando, não fazia sentido algum pular de etapa assim tão rápido. Por isso quis mostrar para ela que era boa naquilo também, arranhou sua nuca e se entregou até começar a fazê-la suspirar puxando seu corpo contra o dela, em necessidade porque estava prestes a fraquejar. Se Genevive não desse um próximo passo, García daria, precisava despejar aquela excitação em algum lugar e só o beijo não estava mais sustentando toda a vontade.

Por isso a moça castanha aproveitou o momento para enrolar seu dedo indicador na alcinha fina do vestido da outra e ir fazendo ela escorregar aos poucos pelo ombro até que a moça se desvencilhasse daquela parte. Atacou então o pescoço desnudo que tinha uma corrente, segurando-a com força ao senti-la se contorcer disfarçadamente em reação, expunha mais área e logo foi prensada na parede. Os lábios meio sujos da psicóloga seguiram pelo trapézio entregando muito de si enquanto adorava sua companheira se revelando, evidenciando seu busto e apoiando as costas na parede porque o frio na barriga queria lhe desmontar.

Não era diferente em De Lucca, mas todo o calor lhe movia. Se encontrava num lugar onde queria entregar uma ótima experiência a ela, não para mostrar superioridade ou qualquer coisa do tipo, mas desejava aquela mulher de maneira tão visceral e enlouquecedora, que aproveitaria sim tudo o que tivesse que aproveitar.

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