A Nossa Vez

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Alguns dias depois dos acontecimentos do lado de lá, do casamento, dos anéis e espadas, o casal voltou para casa sentindo uma grande nostalgia, sentimentos que encheram suas cabeças de ideias e decisões. Por sorte, encontraram o reino em perfeito estado, afinal, a rainha havia deixado o comando nas mãos de seus aliados e logo depois mandou seu irmão para casa. Ela esperava encontrar uma grande bagunça, coisas para fazer e gente para repreender, mas no final, tudo estava melhor que antes.

Com a passagem rápida dos dias, ela passou a focar mais em seu reino, construindo coisas, arrumando outras, fazendo outras nascerem do zero e se tornarem grandiosas. Em um dia ela deu mais vida a fauna de todo o lugar, expandiu a criação dos animais como se fosse algum tipo de deusa recriando um mundo. Em sua época de criança, ela se lembra de ser um lugar rodeado pela vida selvagem, com aves de todos os tipos, coelhos, lobos e uma grande variedade.

Para seu povo, ela passou a criar inúmeras casas, mas não só pela facilidade da magia. Ela também havia colocado a mão na massa, saia para os cantos com ordens e as recebia de outra pessoa, colocando pedras ali, telhados aqui, tijolos em todas as partes. A rainha de cá nunca tinha visto tanta mão de obra evoluindo a cada dia, com rostos sorridentes e cantos por todos os cantos.

Uma das principais coisas que resolveu antes de muitas outras, foram as crianças as quais deixou sem pais, ou algum familiar. Sua principal escolha foi desculpar-se pelas mortes, pelo fato de ter tirados os pais de todas aquelas pequeninas pessoas, as contando o motivo e que não anulariam nunca o fato de ela ter tirado o pai de alguém. De início as crianças a recusaram várias vezes, mas ela sabia que era isso que viria pela frente, afinal, saiu matando as pessoas sem pena alguma, mas ela sabia o que haviam feito.

Em todo os fins de dia, ela sentia algo novo, uma alegria contagiante de ver que seu esforço valeu a pena, que tudo realmente saiu como queria, ou a grande maioria saiu como ela realmente queria. Agora o seu próximo passo é completamente diferente, desejando enfim, se casar com o homem que ama, sua atenção foi tomada por um desejo de dar a maior festa para celebrar a união, que no fim, não irão participar, pois estarão bastante ocupados m algum canto do castelo comemorando apenas eles dois.

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Terminando de colocar sua roupa após uma escapada de seu trabalho, ela encara o homem parado em frente a janela, usando apenas sua calça e os cabelos completamente bagunçados. Em sua cabeça passa apenas uma coisa, passa o agradecimento pela sorte que teve em ser escolhida para ser mandada para o mundo de onde ele veio, onde se conheceram pela segunda vez.

S/n ─ O que está te preocupando? Dá pra sentir daqui toda essa energia de culpa, ou seja, lá o que esteja pensado.

Levi ─ Achei que ficasse olhando minhas memórias o tempo todo!

S/n ─ E por que eu faria isso? Eu não sou nenhuma louca, não desse tipo.

Levi ─ Eu só estou pensando em como as coisas mudaram na minha vida.

S/n ─ E está preocupado que algo ruim aconteça? ─ Elegantemente andando com sua bota até a altura da coxa, uma linda armadura mediana que cobre seu tronco e braços, ela se aproxima um pouco mais de seu futuro marido o abraçando por trás sendo evidente a diferença de tamanho, mas não quem realmente parece controlar o abraço.

Levi ─ Não é a questão de algo ruim, mas sim de como eu vou ter que me acostumar com tudo isso, ser rei, ser pai. Até ontem eu era só um soldado lutando contra titãs e contra uma grande vontade de afundar você no chão.

S/n ─ Eu estava amando até a parte em que você queria me afundar no chão, mesmo que fosse evidente e tudo, creio que não conseguira! ─ Aproveitando que a mulher está de guarda baixa, ele se vira e segura seu pescoço a encarando no fundo dos olhos. Com um grande sorriso, ela retribui o olhar o fazendo perder a concentração em mostrar que ele também pode fazer o que ela faz. ─ Quer mesmo tentar?

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