A Não Indulgência

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O que falta em si, por quê está tão calada no momento em que deveria estar fazendo barulho? Não era isso que queria, despojar da vingança, do acalento da sua terra, sacrificar-se por um povo que não existe mais? Me diga o que falta, abra a boca da alma para falar, garanto que todo o universo vai te ouvir.

S/n ─ Antes de qualquer coisa, eu não sou uma heroína, não sou um mártir, uma santa ou qualquer porcaria dessas. Então não me venham querer erguer estátuas, fazer orações e novenas, esse tipo de coisa não me interessa, afinal, eu ainda sou o mal. ─ Flutuando como pena, um único toque espiritual muda o rumo da história. Posicionando-se, ela deita em seu próprio corpo, claramente notando as fraquezas da fluente perda de sangue de horas a fio.

Hange ─ Ela não se parece com a nossa S/n, falta alguma coisa nela, como se a alma dela tivesse se partido ou algo assim!

Eren ─ Aquela S/n que a gente conheceu, foi só um disfarce ruim.

Hange ─ Não acredito que essa seja a verdadeira S/n... Mas ela se parece tanto com ele, até mesmo os olhos sem brilho! ─ Caindo em si novamente, a pobre mulher se lembra do seu destino final antes de estar ali. Morrer de uma forma tão brutal não é algo que alguém deseje e nem mesmo morrer, é algo que alguém possa desejar em sã consciência.

Sasha ─ A gente realmente morreu? Por que eu sinto que não aconteceu nada?

Aylin ─ Infelizmente sim, foi um preço a ser pago para estarem vivos agora. O fato de ninguém sentir nada da vida passada, é o fragmento da alma que a minha mãe deu a vocês, por isso parecem calmos e que falta um pedaço nela. ─ Compactuando com os sentimentos de Hange, Aylin a toma em seus braços a tirando do chão e em seguida levando em direção ao corpo de sua mãe para que ambas possam ter um minuto a sós. ─ Fala com ela primeiro, eu acho que ela vai ouvir mais a você do que eu. Por favor, coloca um pouco de juízo na cabeça dela.

Hange ─ Ela nunca ouve ninguém!

Aylin ─ Mas ela disse que você tem os melhores conselhos e sempre ouve as pessoas, então não deixa ela fazer besteira. ─ Receosa, a maluca dos titãs se aproxima da pira quebra e se perde nos pequenos pontos de luz em volta do corpo de S/n. Sem chances de fazer perguntas, ela se aproxima um pouco mais, notando que as pequenas faíscas curam e dão energia a sua amiga.

Hange ─ Caramba, o que são essas coisinhas? Parecem parasitas brilhantes.

S/n ─ São folículos mágicos de cura, pode tocar neles se quiser! ─ Rouca como pó no vento, seus olhos encontram os olhos brilhantes de Hange. A encantada se assusta ao ouvir a voz falhada ecoar quase em sussurro, afastando-se para não correr riscos de ser atacada por algum oponente novo. No meio do céu azulado, novamente Hellenor surge, rodopiando em suas manobras pelas nuvens brancas, esbanjando sua felicidade em sentir S/n novamente. ─ Por que recuou? Eu não vou te morder.

Hange ─ Eu achei que fosse um daqueles caras ali atrás. Faz horas que eles estão tentando chegar até aqui pra tentar te matar ou sei lá o que eles querem fazer com você.

S/n ─ Eles são só crianças, Hange, aquele babaca ali, trouxe crianças pro meio do fogo cruzado e ainda acha graça filosofar a cada vinte palavras!

Hange ─ O menino disse que você tava pensando em fazer besteira, mas eu tenho certeza que já fez. Tem alguma coisa pra contar?

S/n ─ Pode ser depois? Hellenor tá trazendo alguém pra mim.

Hange ─ Isso já responde tudo. ─ Levantando-se e mesmo tendo fama de ser maluca, a mais sã ajuda S/n a se levantar da pira quase em pedaços, checando ao mesmo tempo as funções de seu corpo, se não há arranhões ou qualquer sinal suspeito. ─ Essas marcas vão ficar?

Paths Of The Guardians | Destinies | S/n + Levi | AotOnde histórias criam vida. Descubra agora