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Preciso Encontrar Você

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Os sons no porão do navio acabaram por parar assim que Reiner saiu para fora e S/n o deixou totalmente desestabilizado ao ponto de faze-lo chorar como uma criança. No entanto, como um castigo para puni-la por ser uma mulher desobediente, S/n foi deixada no lugar escuro por dois dias inteiros, sem comida ou água. Agora, no terceiro dia, Reiner tomou coragem suficiente para ir até a mulher para mostrar como funcionam as coisas do outro lado.

Pieck ─ Tem certeza de que vai conseguir enfrentar ela?

Reiner ─ Eu não vou deixar que ela entre na minha cabeça de novo! ─ Vestindo um avental de couro totalmente manchado por outro tipo de sangue, Reiner se encaminha em direção as portas do porão para poder agir. ─ Vamos lá... ─ O homem abre a porta e no canto direito pega um machado deixado ali por ele antes mesmo da mulher embarcar. Pelas frestas do teto, a luz do sol passa sem problema algum, iluminando o canto o fazendo dar graças por não estar tão escuro quanto aquele dia. A cada passo que dá afundando-se no emaranhado sujo, o homem é tocado pelo  silêncio barulhento, não encontrando nada além do nada. ─ Onde foi que ela se meteu? Não tem como ela ter fugido pela porta, tinha guardas lá o tempo todo! ─ Caminhando para o fundo em uma parte mais escura, um brilho azul vindo do chão chama sua atenção o forçando a ir até ele para descobrir.

─ Tenha cuidado com as coisas que deseja, a morte costuma atender pedidos em momentos onda a lua é quem mais tem controle sobre tudo... ─ Vozes ecoam de várias direções o deixando perturbado, descontrolado e com os olhos pequenos de medo. Quanto mais se debate para espantar as vozes que parecem pertencer a pessoas físicas, mais seus pés se contorcem e passam um na frente do outro o levando ao chão, caindo em frente a luz azul que chamou sua atenção.

Reiner ─ Não... ─ A luz azul se desfaz e dela a água do mar passa a invadir todo o local do porão. ─ O que foi que ela fez? ─ Levantando-se as pressas, correndo como se sua vida estivesse na mira de uma arma extremamente letal, ele volta para cima com a intenção de avisar Zeke sobre a fuga e a cratera formada no chão do navio. ─ General Zeke, ela... ─ Ao alcançar o lado de fora, suas pernas param de funcionar e seu coração quase rasga o seu peito. Com a roupa ensanguentada, com garras longas no lugar de seus dedos, com os cabelos ao vento e um olhar tão sanguinário, ela segura o último soldado vivo com a farda de Marley. ─ O que você está fazendo?

S/n ─ Ah, isso? É só pra espantar o tédio de ficar presa por quase três dias, não é nada demais!

Zeke ─ O que esta esperando, Reiner? Mate ela de uma vez ou ela vai matar todo mundo!

Reiner ─ Eu não consigo me mexer...

Zeke ─ Como não? Sai logo dai e arranca a cabeça dela.

Reiner ─ Não dá, ela tá me controlando. ─ Por ter consumido o sangue de Reiner e Zeke, a mulher pode facilmente se impor contra as vontades deles, fazendo suas articulações virarem apenas enfeite, como se cipós estivessem enrolados em seu membros.

S/n ─ Que isso amor, eu não estou fazendo nada. Você é o único que esta se poupando de se mexer por um simples medo de morrer. Não é ridículo? Fazendo de tudo por conta de uma vida fajuta. Mas o que realmente está acabando com você, são as mortes na sua conta, não é mesmo?

Reiner ─ Eu vou acabar com você!

S/n ─ Eu estou contando com isso, quero ver até onde são capazes de ir para poderem salvar suas vidas, meu querido Reiner Braun.

Zeke ─ Me ouça bem, eu vou matar todos que você ama, é uma promessa! ─ S/n olha para o homem no qual se encontra pendurado sendo segurado por ela pelo pescoço.