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Fanáticos e Suspeitos

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A interrogação é rápida dando a entender que, queriam certificar que S/n jaob4 um perigo para as pessoas do lugar onde caiu, logo a levando para o tribunal para ser julgada e ter seu destino definido pelo povo alucinado da ilha.
O lugar onde se encontra, tem pouca diferença do mundo de onde veio, tirando as divisões de segurança.
Ao ver da mulher, eles parecem levar as coisas muito a sério e pode ser um problema para S/n, que não perde a piada em nenhum momento.

Hange ─ Espero que saia viva dessa, você parece ser uma pessoa legal! ─ "Sair viva". Ela pensa rindo em seu interior, sabe que morrer é algo que não poderá fazer nunca, não importa o quanto tentem matá-la, morrer não é uma opção.
Ao entrar no salão, os olhares curiosos caem sobre S/n, levando a cochichos ecoando por todos os lugares.

S/n ─ Eles parecem bem assustados.

Hange ─ Costumam ficar assim quando surge algo novo, principalmente quando alguém cai do céu e ainda está viva!

S/n ─ Verdade, é sempre um choque, porém... Não ligo muito. ─ Eles a prendem em um mastro de frente ao juiz, que encara toda cena a despindo em curiosidade, em desejo de saber como alguém pode viver após cair vários lances.
Mesmo que os cochichos sejam baixos, ela pode ouvir das pessoas os termos "monstro e titã". Mas a questão que fica é, e se ela for um titã, o que irão fazer?

Juiz ─ Ordem! Estamos aqui hoje para julgar a ré a nossa frente. Testemunhas alegam que a vir cair do céu e atingir o chão. Pode confirmar isso, senhorita Snow?

S/n ─ Sim, é verdade. Eu cai mais de mil metros até o chão!

Juiz ─ Pode nos dizer como sobreviveu a uma queda tão grande?

S/n ─ A resposta é bem simples, eu sou imortal. Minha regeneração é acelerada, algo que me faz curar qualquer ferida e voltar a vida em instantes.

─ Eu não disse? Ela é um deles, ela é um titã. ─ Talvez a mulher possa se transformar em uma criatura gigante, mas é totalmente diferente do que viu dias atrás.

S/n ─ Não seja um idiota, eu não sou um titã.

Juiz ─ Se não é um titã, o que você é?

S/n ─ Eu posso ser o que eu quiser, me transformar no que eu quiser. Para resumir, eu sou um receptáculo mágico, posso absorver qualquer tipo de poder, conhecimento...

Pastor Nick ─ E você quer que acreditemos nisso? É nítido que é uma aberração como Eren Yeager.

S/n ─ Se acha que vou discutir com você, está completamente enganado. Pensei o que quiser, não me acrescenta em nada! ─ S/n se solta do mastro no qual a prenderam alarmando a todos presentes. Porém sem se importar tanto com as armas apontadas para a sua cabeça, ela conjura uma cadeira e se senta, como se estivesse tomando chá da tarde com a rainha vermelha.

Juiz ─ O que acabou de fazer? Agir assim pode te levar a morte.

S/n ─ Grande coisa. Estamos aqui hoje, porque querendo ou não, vocês querem saber sobre mim e de onde eu venho. Então permitam-me que eu conte uma história. ─ O homem suspira e sem pensar muito, da a S/n a liberdade de contar a sua história. Respirando fundo, ela se arruma na cadeira e leva sua mente para o início, seu início. ─ Tudo começa em um outro universo e outra terra, na qual foi divida em vinte nações, vinte famílias e vários povos. Essas vinte nações viviam em harmonia, eram um povo único e forte, não havia brigas ou desentendimentos, eram prósperos e felizes; até que um dia, uma guerra que pareceu durar mil anos se iniciou. Eu já havia nascido na época e tive que presenciar cada coisa. ─ Olhando para um ponto da sala, a mulher se lembra das vidas perdidas, das famílias destruídas, no caos que ficou irraizado em cada sobrevivente. Foi um completo banho de sangue para as pessoas daquele lugar. ─ Lutamos com tudo que tínhamos, magia, armas, feitiços, nossos sacrifícios a pura sorte. E no fim, seis das vinte famílias foram aniquiladas, sumiram do mapa. Tudo isso por conta de uma invasão de seres vindos de outro universo, que acharam o caminho até o meu mundo, trazendo armas sofisticadas que desintegram a matéria. ─ S/n faz um minuto de silêncio, ainda sente a dor das vidas que se foram. Esse é um dos fardos que ela tem que carregar, esse é um dos fardos de ter um receptáculo, sentir tudo que acontece a sua volta.