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Tinta Na Tela

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Desde o retorno de Erwin no dia da tempestade, sem mais missões ou sinal dos titãs até onde S/n pode sentir, as coisas no QG se tornaram um pouco suportáveis para todos, até o presente momento ninguém morreu ou teve seus membros arrancados por criaturas gigantes e assassinas.
É manhã no mundo em que S/n está e sua animação para fazer algo de útil transparece em seu rosto enquanto carrega uma tela grande para o pátio do castelo onde as tintas de diversas cores a esperam para um trabalho único.

Hange ─ O que você vai pintar? ─ A mulher que observava tudo de longe se aproxima para fazer companhia a sua nova amiga de cabelos um pouco prateados dando indícios da lua cheia.

S/n ─ Eu ainda não sei, mas quero que seja algo único!

Hange ─ Você costumava pintar no seu mundo?

S/n ─ Eu tinha um quarto cheio de obras que eu pintei, mas foram queimadas por um bando de preconceituosos, desde então eu nunca mais pintei, até agora! ─ S/n olha sua volta buscando inspiração para poder pintar. A mulher quer algo mágico e único, algo que venha de dentro de si e dos seus sentimentos mais puros.

Hange ─ Eu também posso pintar?

S/n ─ É claro, ali na entrada tem mais quadros se vários tamanhos que eu criei, basta escolher! ─ Hange se levanta e vai em busca dos quadros, liberando uma parte da vista que S/n não tinha notado. Levi nos estábulos um pouco distante do pátio acariciando seu cavalo enquanto conversa com ele. Imediatamente seu coração se enche de inspiração e suas mãos começam a desenhar na tela a imagem gravada na memória.
Começando com um esboço simples ela dá vida aos detalhes a volta do desenho, as expressões, aos olhos de ambos, a pelagem do animal, aos cabelos de Levi.

Hange ─ Acho que encontrou a sua inspiração!

S/n ─ E você, o que vai pintar?

Hange ─ Quero desenhar um sonho que eu tive, mas não sei por onde começar!

S/n ─ Tente se lembrar do sonho e grave os detalhes na sua mente e aos poucos vai pintando!

Hange ─ Posso fazer uma pergunta?

S/n ─ Pode sim! ─ Enquanto conversam, S/n começa a pintar o cavalo, dando cor aos detalhes feitos com um lápis leve quase invisível.

Hange ─ Você já amou alguém?

S/n ─ Eu acho que não, não me lembro de ter me apaixonado por qualquer pessoa!

Hange ─ Você tem mais de dois mil anos e nunca amou alguém de verdade?

S/n ─ Dizem que, o amor pode estar longe ou pode já ter passado por você e nem sequer notou!

Hange ─ Acha que esse alguém é o Levi?

S/n ─ O que?

Hange ─ Não tenta mentir pra mim, eu vejo como vocês se olham!

S/n ─ Aquele tampinha com certeza não é esse alguém! ─ Tentando disfarçar o seu rubor, a mulher volta a pintar a tela. ─ Se bem que ele não é de se jogar fora!

Hange ─ Achei que não gostasse de catas baixinhos.

S/n ─ O que vier é lucro, acredite!

Jean ─ O que as bonecas estão fazendo?