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O Outro Lado

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Antes mesmo da noite cair, todos que foram escolhidos já haviam atravessado o portal para o lado de cá. A rainha se manteve o tempo todo ansiosa para descobrir qual seria o fim, mesmo que já tivesse visto várias versões do acontecimento e em todos eles algo ruim acontecer. Sem que soubessem da sua saída para lá das muralhas já caídas, com o sol quase se pondo, ela desejava fortemente ver com seus próprios olhos qual seria o fim que aquela ilha tomaria.

Quando conseguiu encontrar o melhor lugar para ver, viu sua versão caída em cima de um prédio e um homem quase esmagando seu peito com sua bota encostada de poeira e sangue de outras pessoas. Mas o que veio a seguir, deu a ela a grande certeza de que fez as escolhas certas até ali, em deixar o restante dos acontecimentos nas mãos de uma jovem mulher com cede vingança. No entanto, por um instante ela achou que tudo daria errado, que teria que arriscar e voltar algum dia no passado desse tempo para dar mais forças a mulher caída. Mas quando a viu erguer a cabeça do tal homem como se fosse um troféu, todo o medo sumiu.

E quando tudo acabou realmente, ela viu toda a coragem daquela mulher se transformar em uma dor agonizante. Sentiu a perda que ela teve em tão pouco tempo, que questionou a si mesma sobre os sacrifícios que a S/n desse lado teve que fazer. Porém, no fim das contas, ela teve um momento de felicidade ao reencontrar seus filhos e ver o restante das pessoas que salvou, bem e de volta.

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Deitada no colo de seu irmão e contando todas as coisas que viu enquanto esteve presente nos acontecimentos do mundo de cá. Ela recebe um grande sermão vindo de Edward, que queria ter ido junto para ver um pouco de graça nas coisas, ver como alguém da sua linhagem se saiu mesmo sem obter poderes, ou a grande sorte dada por algum deus sem o que fazer.

S/n ─ E o que mais você queria ver? Eu disse que ela é forte o suficiente pra conseguir calar essa sua boca de bebê chorão.

Edward ─ Não se esqueça que ela faz parte da minha linhagem e com toda certeza eu não duvido da capacidade dela em conseguir o que quer!

Levi ─ Então quer dizer que toda aquela gritaria que ouvimos daqui, era dela?

S/n ─ Aparentemente sim, afinal de contas, ela perdeu muita gente.

Levi ─ Essa é a parte que eu não entendo, por que ela tem que chorar por alguém que mal conhecia e ainda quis matar ela e os filhos dela?

S/n ─ Porque antes de tudo, ela já foi a filha de alguém, o amor de alguém e é mãe de alguém. Além disso, ela é humana, senhor sem sentimentos!

Levi ─ Eu tenho sentimentos.

Edward ─ É claro que tem, não é atoa que quase deixou de existir para salvar quem ama.

Levi ─ Qualquer um faria isso.

Edward ─ É aí que se engana, cunhado. São poucos que enfrentariam uma convergência como aquela, mesmo sabendo que seu parceiro estaria em risco. Muitos deixariam seu parente, ou seu amor morrer, para salvar a própria pele!

S/n ─ Vai deixá-lo com vergonha por ser tão romântico!

Levi ─ E quem se importa que nem todo mundo faria? Eu não pensaria duas vezes se fosse preciso fazer de novo. E vai muito além, porque ela é a rainha e eu sou só um cara.

Edward ─ Não, você é o rei!

Hange ─ É verdade, Levi. Se vocês dois são um casal desde sempre e desde a época que ficavam quase se matando, não tem escolha melhor do que essa!