Você Precisa Se Apressar

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Os olhos inexpressivos estão fixos no nada, cansada o suficiente para dormir por um mês inteiro sem sequer se levantar da cama para qualquer outra atividade. Consumida pela bomba heart, metade de sua energia está espalhada por aí, sendo sugada pela terra como fonte de alimento para se recuperar de qualquer dano aparente além do atual. Em sua cabeça há um zumbido irritante que ronda há exatos vinte minutos, chamado Lunez, que não cala sua boca desde o instante em que a poeira baixou e Hestow foi levado para bem longe.

Lunez ─ Você tá me ouvindo? As coisas no mundo do Levi não estão nada fáceis, há qualquer momento eles podem virar nada, ele pode virar nada e a sua filha vai ser uma criança sem pai. É isso que quer?

S/n ─ Já parou com esse chilique? Eu sei muito bem como as coisas estão indo do outro lado. Mas eu não sei se a boneca percebeu, mas temos um rato egocêntrico pra manter longe. É por isso que eu disse que você devia ficar lá por todo o tempo em que eu estivesse aqui!

Lunez ─ Eles não precisam mais da minha ajuda.

S/n ─ Você não fez nada, né? É a sua cara só ajudar quando te convém.

Lunez ─ S/n, Hestow sabe da outra no outro mundo e sabe que a espada outra espada também tá lá. Durante a gravidez, ele passou semanas tentando descobrir se ela sabia de alguma coisa. ─ S/n desperta do seu cansaço e encara os olhos do pai de seu filho mais velho com seriedade, desejando que ele esteja mentindo. No entanto, o tom de voz a faz tem certeza de que é a mais pura verdade e mais uma vez seus planos passam a sair do controle principal.

S/n ─ O que mais você viu?

Lunez ─ Eu não vi com os meus próprios olhos, seu irmão foi quem mandou a notícia através de um vórtice e acabou caindo nas minhas mãos do outro lado!

S/n ─ Não interessa, o que mais você viu?

Lunez ─ Ele viu Hestow se disfarçar de vigilante negro, que de vez em quando aparece a olho nu para os humanos. Com tudo, ele tentou se aproximar dela e das crianças e também dos amigos. Porém, a barreira que tem em volta deles impede que ele faça alguma coisa.

S/n ─ Ela é da linhagem do me irmão, era de se esperar... Ou ela mesma tenha feito essa barreira em si mesma e não sabe.

Lunez ─ Mais uma coisa... Através dos olhos do seu homem escolhido, foi confirmado a ligação concreta entre os dois mundos. As pessoas de lá e as pessoas do mundo onde seu irmão está, acabaram entrando um no mundo do outro sem perceber e acabaram enraizando uma forte conexão.

S/n ─ E o que você tá esperando pra cair fora daqui? Volta pro mundo do Levi e tente comunicar ao meu irmão para começar os preparativos, que e vou começar aqui.

Lunez ─ Acha que vai ter tempo?

S/n ─ Eu sempre dou um jeito.

Lunez ─ Na última vez você foi parar espatifada em um chão em um mundo "aleatório"!

S/n ─ Dessa vez eu tenho noção do que vai acontecer. Não passei meses estudando, sentindo coisas, ouvindo e duvidando da capacidade daquelas velhas atoa.

Lunez ─ No começo você achou que era uma coisa simples!

S/n ─ Acha mesmo que eu acreditei naquela história de ser que veio pra destruir tudo, devorador de mundo e toda a balela? É fácil perceber as mudanças que uma convergência causa.

Lunez ─ Vai dizer que só aceitou pra tentar se afastar daqui? ─ Lunez se aproxima e envolve seus braços no corpo da mulher a puxando para cima. ─ É claro que você viu isso como uma boa oportunidade de fugir daqui. ─ Ela o empurra e deixa um carinho de gratidão em sua cabeça, um lindo tapa que o faz se afastar um pouco mais.

S/n ─ Fugir não é a palavra. Eu diria, tirar férias dessa gente e agora que sabemos de tudo, que eu sei de tudo, vou poder colocar todas as coisas nos eixos e ensinar algumas coisas pra essa gente.

Aylin ─ Mãe? ─ O garoto surge no topo da cratera, aflito e correndo, acabando por passar do ponto e rolar para baixo, envolvendo-se na poeira.

Lunez ─ Garoto, eu já disse pra tomar cuidado com as coisas que vai fazer. Quer viver caindo por aí e virar motivo de piada?

S/n ─ Seu cretino, veja lá como fala com meu filho.

Lunez ─ Nosso, querida, ele ainda é nosso filho!

Kaleb ─ Tá tudo bem aí em baixo? ─ Kaleb desliza para baixo como se estivesse em esquiando na neve, parando ao lado do jovem para ajudá-lo a se levantar.

S/n ─ Por hora, todas as coisas vão ficar bem, Hestow foi levado aos trapos e as coisas do outro lado passaram a ficar um pouco mais tensas.

Kaleb ─ Comseguiu machucar ele?

S/n ─ Não é mérito totalmente meu. O pai dele deu as caras e o "castigou" tirando parte de quem ele é. Logo, é tão fraco quanto eu em alguns aspectos, mas não morrer da mesma forma que eu não morro.

Aylin ─ Só pode ser brincadeira. Agora essa gente vai ficar zanzando por aqui como se fossem donos desse mundo?

S/n ─ Veja pelo lado bom, querido, com o pai dele tirando parte de quem ele é, temos mais chances de descer o braço naquela vadia espalhafatosa!

Aylin ─ O que vamos dizer aos outros? Você não pode simplesmente sair dizendo que alguém de outro lugar esteve aqui fazendo bagunça.

Lunez ─ O moleque tem razão. Vamos dizer que...

Kaleb ─ E a capacidade dele foi pra zero por cento!

S/n ─ Vamos pensar com calma, tem que ser algo que todos possam concordar, ao menos nós três, já que esse imbecil chegou depois.

Kaleb ─ Fomos atingidos por aquela força, me sinto mais forte do que antes, como se eu tivesse no meio da briga de vocês dois. É muito arriscado usar esse tipo de arma, S/n, evite o máximo que conseguir.

S/n ─ A magia vai escoar com o tempo, ela não empreguina da forma como estamos acostumados.

Lunez ─ Da forma como fez com o Levi? Qualquer um com um faro mágico que chegar perto dele, pode sentir o cheiro da sua magia, do sua alma impregnada nele.

Aylin ─ Parece que tem alguém com ciuminho. Supera, velho, sua vez já passou.

Lunez ─ Eu nunca vou desistir da sua mãe, garoto.

S/n ─ Essa questão foi inevitável, tanto que nasceu Aurora, e não se fala mais nisso como se fosse um assunto qualquer. Falar dele é extremamente importante, um caso que deve ser visto com extremo respeito, e se não sabe fazer o mínimo que eu peço... Enfim, você sabe.

Lunez ─ Me desculpa... ─ O homem debocha sem temer ser decapitado pela lança, que surge no chão e tilinta fervorosa. ─ Não tinha a intenção de ferir seus sentimentos para com aquele ratinho!

Kaleb ─ Ele sempre arruma um jeito de apanhar, é impressionante!

S/n ─ Aylin, você fica aqui, vocês dois vão buscar os outros. A história vai ser a seguinte... ─ Sua pupila se torna minúscula e suas palavras se afiam com o suspiro. ─ Diga que lutamos por muito tempo dentro da esfera, que Hestow acabou me ferindo e a bomba consumiu quase metade da minha energia e explodiu. Isso facilitou a fuga dele, que saiu com alguns machucados não tão sérios. Se perguntarem de Lunez, diga que ele chegou depois de tudo e me encontrou desacordada e me curou até onde pode.

Kaleb ─ Sabe quais palavras vamos usar, não sabe?

S/n ─ Me informe depois.

Aylin ─ Tem certeza de que está bem? ─ Concordando com um aceno, ela volta a se sentar, os dois partem e o menino se aproxima da mãe para poder curá-la, indo contra o que a mesma disse.

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─ As coisas no mundo do Levi não estão fáceis.

─ O que vocês acham da ligação que a S/n tem com o Levi?

─ Lunez não perde a chance de ganhar um soco

─ Como será a aparência do pai dos gêmeos?

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